Não faltam as startups de mobilidade elétrica em 2022, mas a Lighting Motorcycles estava aqui bem antes disso. A empresa originalmente fez seu nome ao vencer a série de corridas de motocicletas elétricas TTXGP em 2010 na América do Norte e estabeleceu recordes de de velocidade, atingindo 278 km/h em 2010 e 348 km/h em 2011.
A marca logo se aproveitou desse sucesso e o mote de "motocicleta de produção mais rápida do mundo" ajudou a comercializar a versão de produção chamada de LS-218. Infelizmente, os atrasos na produção prejudicaram a estreia da LS e um modelo menor mais acessível, a Strike, não não agradou completamente os compradores ou os críticos. Depois desse fracasso, a Lightning Motorcycles ficou de fora do noticiário por um bom tempo.
Podemos assumir ainda que a pandemia da COVID-19 contribuiu para essa ausência. Agora, no entanto, parece que a empresa está voltando às suas raízes e pretende bater um novo recorde de velocidade em terra. Para a próxima tentativa, a Lightning fará parceria com a CBMM (Companhia Brasileira de Metalurgia e Mineração), empresa nacional que é um dos maiores nomes no uso de Nióbio em componentes elétricos.
Com uma rigidez semelhante à do titânio puro e uma condutividade que rivaliza com a do ferro, o nióbio é frequentemente usado para fortalecer ligas metálicas. As ligas enriquecidas com nióbio são geralmente usadas em motores a jato, vigas, plataformas e oleodutos. No caso da parceria para a moto elétrica, o nióbio será usado para reforçar a rigidez dos componentes de segurança e aumentar a densidade energética da bateria.
"A ideia é demonstrar, na prática, as vantagens das aplicações do nióbio", explicou Mariana Perez de Oliveira, Gerente de Desenvolvimento de Mercado da CBMM. "A adição do metal pode trazer inúmeros benefícios ao projeto, visando a redução de peso e maior eficiência energética, além de contribuir diretamente para a segurança".
"Peso leve e alta eficiência são essenciais para motocicletas de alto desempenho, temos usado algumas aplicações de nióbio para atingir estes objetivos", observou o CEO e fundador da Lightning Motorcycles, Richard Hatfield. "Estamos entusiasmados em trabalhar com a CBMM para inovar ainda mais as tecnologias de nióbio que podem ser traduzidas em benefícios significativos não apenas para as motocicletas elétricas de alto desempenho, mas para todos os tipos de veículos".
Embora este anúncio da Lightning e da CBMM tenha levado a marca de motocicletas de volta ao centro das atenções, teremos que esperar para ver se a nova tentativa de de quebrar o recorde de velocidade para uma moto elétrica se concretizará, afinal, a perspectiva é a de atingir 400 km/h. Também vai levar tempo para sabermos se este salto tecnológico também se refletirá em um maior número de vendas para a montadora.
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