Elétrica, KTM E-Duke é confirmada em reunião com investidores
Novidade será baseada no conceito Husqvarva E-Pilen
O CEO do Pierer Mobility Group, Stefan Pierer, tem uma visão muito clara do mercado de motocicletas elétricas. O grupo controla as marcas KTM, Husqbarva e Gas Gas e seu principal executivo acredita que "o mercado de modelos com até 15 cv (11kW) deve ser dominado por motos elétricas nos próximos 10 anos, com modelos maiores devendo utilizar combustíveis alternativos.
Vale o adendo de que, na Europa, o mercado de motos de até 15 cv é muito importante, pois elas demandam uma habilitação de iniciante, similar à ACC (Autorização para Conduzir Ciclomotor) brasileira. Em alguns casos, podem ser conduzidas com habilitação de carro. Por aqui, o governo revelou uma nova CNH, apresentando a possibilidade não confirmada de que a carta de moto poderá ser novamente dividida em categorias, como em outros lugares do mundo.
Voltando ao executivo da Pierer, ter uma direção tão clara para o futuro é algo raro, já que o segmento de motos elétricas está sempre mudando. Mas, como todos os fabricantes, a Pierer ainda precisa convencer os investidores da estratégia da empresa. Por essa razão, o grupo começou desenhar a estratégia de modelos elétricos para as marcas Husqvarna e KTM, em reunião com investidores agora em fevereiro de 2022.
Enquanto a Husqvarna já revelou seu conceito de E-Pilen em 2021, a KTM manteve os detalhes da futura E-Duke em segredo. Apesar da imagem propositadamente pixelada na apresentação, pode-se facilmente perceber a silhueta similar a de outros modelos Duke. As especificações exibidas na reunião também sugerem que o Grupo Pierer aproveitou os principais componentes da E-Pilen para a E-Duke.
A Husqvarna já reutilza projetos da KTM, como a Norden 901, que utiliza a base da 890 Adventure, e a linha Vitpilen, compartilhando grande parte de seu DNA com a linha Duke. Entretanto, a KTM se verá pela primeira vez do outro lado da equação, utilizando o conjunto da naked elétrica da Husqvarna para criar a sua E-Duke.
Enquanto os dois modelos trazem visuais diferentes, ambos contam com uma bateria de 5,5 kWh e geram 10 kW (13,4 cv). Isso coloca a E-Duke no mesmo nível de potência da atual Duke 125. Com essas especificações, as novas motos elétricas devem ter uma autonomia girando em torno de 90 a 100 km com uma carga, mas isso é perfeitamente adequado para a proposta urbana da KTM E-Duke.
A KTM também pode fazer parte do consórcio de baterias intercambiáveis, junto a Yamaha, Honda e Piaggio, mas tanto a E-Pilen quanto a E-Duke terão baterias fixas. A apresentação lista tanto a E-Pilen quanto a E-Duke ainda não tiveram uma data de lançamento confirmada, mas esperamos ver ambos os modelos em um futuro próximo.
Fonte: Motorrad, Pierer Mobility (1), (2)
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