Volkswagen está sendo processada por quebra de patentes

A contínua escassez de chips que afeta a indústria automotiva é um bom lembrete de que os carros estão repletos de tecnologia. Estão repletos de sensores, telas e muito mais, com grande parte dessa tecnologia vindo de fora da indústria. O Grupo VW licenciou a tecnologia móvel 2G e 3G da Acer, a fabricante de computadores de Taiwan. Mas a Acer entrou com uma ação judicial contra o fabricante, acusando de infringir algumas de suas outras patentes.

Acer diz em sua ação, movida no estado americano da Virgínia, que o Grupo VW tem instalado chips móveis 4G em vários modelos Volkswagen. Alegadamente, a VW não tem uma licença para fazer isso. A queixa alega que a tecnologia infringida está no novo ID.4 totalmente elétrico, o Atlas, o Golf, o Tiguan, e muitos outros, e a Acer não tem mais nada disso. A empresa de informática está buscando danos por infrações passadas.

10

O Grupo VW disse à Reuters que está examinando a ação judicial antes de decidir como proceder. Entretanto, a empresa também disse que as alegações eram "infundadas" e que a empresa iria "defender nossa posição". Recentemente, o Grupo VW assinou um acordo de licenciamento com a Huawei para a tecnologia 4G; entretanto, as acusações da Acer datam de dois anos. A Volkswagen anunciou seu serviço Car-Net com conectividade 4G em 2019.

É provável que vejamos mais desses tipos de processos nos próximos anos, já que as montadoras navegam em acordos de licenciamento com vários fornecedores de tecnologia. Acontecerão erros e mal-entendidos, o que pode custar a um fabricante de automóveis na estrada. Em outubro, a General Motors, a Toyota e a Honda tiveram processos por infração de patentes relacionadas à tecnologia móvel. O sucesso do caso da Acer poderia estimular outros fornecedores a entrarem com ações judiciais contra montadoras de automóveis, já que a luta pela propriedade intelectual aquece na era digital.

Veja também

Vendas de carros em novembro foi a pior do mês em 16 anos

Land Rover quer aumentar nacionalização e não nega eletrificação