Com a chegada do Taos, a Volkswagen encerrou o ciclo de investimentos anterior e já anuncia o próximo aporte na América Latina. Desta vez, a fabricante alemã colocará R$ 7 bilhões para “desenvolver digitalização e descarbonização” além de investir em uma nova família de carros compactos de entrada. E o primeiro será o Polo Track, antes esperado para este ano mas que só chegará em 2023.
O Volkswagen Polo Track havia sido confirmado pela fabricante em março, durante uma apresentação para investidores. Na época, Alexander Seitz, diretor financeiro global da VW, disse que a operação na América do Sul seria ajustada com menos turnos, mais modelos com a plataforma MQB (e sua variante MQB-A0) e “um novo modelo Polo Track como carro de entrada na região”, sem dar mais detalhes sobre sua estreia.
O que indicava sua chegada próxima foi o Sindicato dos Metalúrgicos de Taubaté, que publicou em seu site em setembro de 2020 que havia aprovado um plano da Volkswagen de demissão voluntária, mas que envolvia garantir um novo investimento na fábrica paulista. Entre eles estaria iniciar a produção de veículos com a plataforma MQB no complexo a partir de novembro, compartilhando a fabricação do Polo com São Bernardo do Campo. E, mais importante, a produção exclusiva do Polo Track em Taubaté.
Adiar o modelo para 2023 é uma surpresa, visto que muitos rumores apontavam para o lançamento do Polo Track já neste ano, ainda que a reestilização do Polo estivesse marcada para o ano que vem. O Polo Track manteria o visual atual do hatch, na velha estratégia usada pelo Gol, só que o teaser desmente esta informação, pois é possível ver que terá um para-choque inédito e um novo formato para os faróis. Como a imagem está escurecida, não é possível identificar mais detalhes.
Na apresentação feita para a imprensa, a Volkswagen confirma que terá uma família com mais de 4 carros. “Os carros de entrada estão ficando mais seguros, mais equipados e mais caros”, explica Pablo Di Si, presidente da fabricante para a América Latina. Com este posicionamento, é possível que esta nova família acabe por ser a do Polo, reposicionada para que seja de fato a linha de entrada da marca no Brasil, como acontece na Europa, todos baseados na plataforma MQB-A0.
A Volkswagen está dando continuidade à sua estratégia de sucesso na América Latina focando num portfólio modelado para as necessidades da região, com o lançamento de uma família de carros compactos para o segmento de entrada a partir de 2023. O primeiro modelo é o Polo Track, baseado na plataforma MQB. Dessa forma, a Volkswagen do Brasil pode desenvolver um mercado em rápido crescimento eficientemente e com um alto nível tecnológico. O uso da plataforma MQB também resulta em economia nos custos de desenvolvimento. O Polo Track será produzido na fábrica de Taubaté, no Brasil.
Uma parte do investimento será usada no desenvolvimento de software. Um dos pontos será a nova geração do VW Play, sistema para central multimídia que foi desenvolvida no Brasil e agora equipa desde Polo até Taos. A marca promete o software “permitirá aos motorista se manterem conectados, expandindo a conectividade para fora de seus veículos e ao mesmo tempo acrescentando novos itens e serviços.” Ou seja, os carros da Volkswagen devem receber um aplicativo para smartphones que se conectará com o carro, como Fiat, Hyundai e Jeep fizeram recentemente.
A empresa ainda promete investir no desenvolvimento de biocombustívels na América Latina, como anunciado anteriormente. A meta da Volkswagen é aproveitar o etanol, que emite até 90% menos carbonos do que a gasolina e que seria um complemento à estratégia de eletrificação da marca na região.
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