Parece até notícia repetida, porém mais uma fábrica no Brasil vai ter seu retorno de produção adiado por conta da crise de semicondutores. Dessa vez é a Renault, que acaba de anunciar que não voltará a produzir em sua fábrica de São José dos Pinhais (PR) na data antes prevista de 30 de agosto. A montadora diz que a linha de montagem seguirá suspensa até dia 3 de setembro.
Com o comunicado, a planta paranaense seguirá sem produzir qualquer veículo de passeio por mais duas semanas. Vale lembrar que no Complexo Ayrton Senna há dois setores diferentes, sendo um responsável por produzir os veículos de passeio da Renault (chamado de Curitiba Veículos de Passeio – CVP) e o outro que monta os modelos comerciais da marca, cujo setor é batizado de Curitiba Veículos Utilitários (CVU).
Da linha de montagem do setor CVP saem os modelos Captur, Duster, Kwid, Logan, Sandero e Stepway, modelos que continuarão a ter sua produção afetada. Do setor CVU, de onde sai o furgão Master nas versões chassi, furgão e para passageiros, a produção segue normal até o momento. Nesta unidade de veículos comerciais, houve uma paralisação de apenas 5 dias no início deste mês.
Abaixo, confira o comunicado da Renault na íntegra:
A Renault do Brasil informa que em função dos impactos provocados pela Covid-19 na fabricação de componentes eletrônicos, a produção na fábrica de veículos de passeio, no Complexo Ayrton Senna, permanece suspensa até o dia 03 de setembro.
Não será possível o retorno da produção no dia 30 de agosto conforme previsto anteriormente, com o término do período de aplicação da MP 1.045/21.
Ao todo, a crise gerada pela falta de semicondutores já afetou totalmente ou parcialmente pelo menos 8 montadoras no Brasil, somando 14 fábricas. O levantamento foi da consultoria Auto Forecast Solutions (AFS), dos Estados Unidos. Além disso, o volume de produção de veículos no Brasil voltou a cair pelo 2º mês seguido em julho, de acordo com a Anfavea. Para se ter ideia do mau momento vivido pela indústria automobilística, a entidade afirma que foi a pior produção para um mês de julho desde 2003.
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