A crise gerada pela falta de microchips no mercado global de autopeças obrigará a Volkswagen a adiar o retorno à normalidade na fábrica de São Bernardo do Campo (SP). De acordo com o sindicato dos metalúrgicos da região, os 1.500 funcionários que estão em férias coletivas desde o dia 19 de julho seguirão no mesmo regime por mais 20 dias. Dessa forma, o retorno às atividades programado para hoje (9) acontecerá agora apenas no final do mês.

A medida afeta um dos turnos de produção da planta, onde são produzidos os modelos Polo, Virtus, Nivus e Saveiro. No total, a fábrica emprega mais de 3 mil funcionários. A unidade de Taubaté (SP), responsável pela produção dos modelos Gol e Voyage, também prorrogou as férias coletivas de parte do quadro por mais 10 dias.

Galeria: VW Nivus produção (fábrica Anchieta)

Ao todo, a crise gerada pela falta de semicondutores já afetou completa ou parcialmente pelo menos 8 montadoras no Brasil, somando 14 fábricas. O levantamento foi da consultoria Auto Forecast Solutions (AFS), dos Estados Unidos. Segundo estimativas, pelo menos 220 mil veículos deixarão de ser fabricados no país por conta da escassez de componentes. 

Os semicondutores são parte integrante da central eletrônica dos veículos. Sem eles, sistemas modernos de entretenimento, segurança e assistência ao motorista são incapazes de funcionar. Em decorrência das paralisações geradas pela pandemia em 2020, a produção desses componentes foi afetada, afetando diretamente a cadeia de suprimentos da indústria automotiva global.

A expectativa é que a normalização no fornecimento dos componentes aconteça somente a partir do segundo trimestre do ano que vem.

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