O fechamento da fábrica da Ford em Camaçari no início do ano deverá render indenização de aproximadamente R$ 2,5 bilhões para o governo da Bahia. O valor será pago pela empresa como ressarcimento pelos subsídios concedidos pelo estado desde a inauguração da unidade, em 2001. Oficialmente nenhuma das partes comenta o assunto, mas o acerto deve ser anunciado nos próximos dias.
Alegando prejuízos em toda a operação brasileira, a Ford decidiu pelo encerramento das atividades na fábrica baiana no dia 11 de janeiro, com paralisação imediata dos trabalhos. Automaticamente, os modelos Ka, Ka Sedan e EcoSport saíram de linha. A decisão foi tão inesperada que unidades ainda estavam em produção no setor de montagem. Com isso, aproximadamente 900 carrocerias inacabadas tiveram de ser posteriormente destruídas.
A medida também afetou diretamente a fábrica de motores de Taubaté (SP), que foi igualmente fechada. A unidade de Horizonte (CE), responsável pela montagem do jipão off-road Troller T4, foi a única que não fechou imediatamente e seguirá em funcionamento até o final do ano. Após isso, também deverá ser fechada - a menos que seja vendida para outro grupo investidor, conforme adiantam especulações recentes.
Diante dos fechamentos, a Ford do Brasil passou da condição de fabricante para importadora. O portfólio agora é composto apenas por veículos trazidos do estrangeiro, incluindo Ranger (Argentina), Territory (China), Mustang (Estados Unidos) e Bronco Sport (México). Novidades estão a caminho, incluindo a picape Maverick (rival da Fiat Toro e também importada do México) e um inédito híbrido plug-in (que provavelmente será o Escape Hybrid).
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Fonte: O Estado de S. Paulo via Reuters
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