A Honda finalmente começa a dar indícios da renovação de sua linha no Brasil e que prepara o corte de alguns modelos oferecidos no país. Em um bate-papo com jornalistas de economia, Atsushi Fujimoto, novo presidente da Honda South America, confirmou os planos da empresa para os próximos anos, afirmando que a marca seguirá os padrões e tendências globais de segurança, com um novo investimento no país.
Fujimoto seguiu a tendência da Honda de comentar muito pouco sobre os planos da empresa para o futuro, mas já deu alguns detalhes do que esperar. O executivo deixou claro que haverá uma redução na linha de carros, sem dizer quais darão adeus ao mercado brasileiro. Rumores falam sobre o fim da produção nacional do Civic (que passaria a vir importado) e até mesmo do Fit (que acabará substituído pelo City Hatchback).
“Teremos de fazer investimentos, que ainda não podemos divulgar, para lançar novos produtos que vão seguir a mesma estratégia global da Honda de segurança, meio ambiente e conectividade. Não posso adiantar nosso programa de lançamentos, mas está nos planos a redução da linha de carros”, afirmou Atsushi Fujimoto.
Esta nova linha ainda não está clara. Motor1.com adiantou com exclusividade que a nova geração do Honda City seria oferecido nas carrocerias sedã e hatchback, sendo este último o novo carro de entrada da marca no país, da mesma forma que na Ásia. A razão seria a evolução da quarta geração do Fit, que ficou mais refinado e com mais equipamentos de segurança de série, o que faria com quem ficasse muito caro para o seu papel no Brasil. A marca tem planos de criar um novo SUV compacto posicionado abaixo do HR-V e com um visual mais conservador, enquanto o novo HR-V abraçou as linhas de cupê em sua nova geração.
O Honda Civic é um que deve passar por uma mudança. O carro que fez a história da fabricante no Brasil deve ter sua produção em Sumaré (SP) encerrada com a troca de geração, visto que o segmento dos sedãs médios está em queda – apesar de ser o 2º mais vendido, emplaca menos da metade do que o rival Toyota Corolla vende todo mês. A nova estratégia deve colocar o Civic como um carro importado e somente nas versões mais caras, com o 1.5 turbo.
Fujimoto ainda disse que o Brasil seguirá a estratégia global da Honda de vender somente carros elétricos a partir de 2040 (com bateria ou abastecidos com hidrogênio) e, até 2050, zerar os acidentes fatais para os passageiros dos carros da empresa. A parte de segurança dará os primeiros passos com a adoção de sistemas de assistência à condução e direção autônoma do pacote Honda Sensing em todos os modelos da marca no país a partir deste ano.
A eletrificação da Honda no Brasil será iniciada com a chegada do Accord Hybrid, importado no Japão e que começará as vendas no início do 2º semestre. Será o primeiro dos três híbridos que a fabricante japonesa prometeu para o nosso mercado até 2023, embora não diga quais serão os modelos escolhidos. Entre as possibilidades estão o CR-V Hybrid, concorrendo com o Toyota RAV4; e o sedã médio Insight, praticamente um Civic híbrido.
Apesar da retração do mercado brasileiro, principalmente com a pandemia, Fujimoto garante que a Honda não fechará as fábricas de Itirapina e Sumaré (esta última já estava sendo convertida para um centro de desenvolvimento). É uma boa notícia, visto que a empresa encerrou a operação de diversas linha de montagem ao redor do mundo, como Argentina e Reino Unido.
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Fonte: Automotive Business
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