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Plataforma do SUV da Fiat promete mais segurança e conforto

A MLA evolui da base do Argo e quer distanciar o 363 do restante da linha

Novo SUV da Fiat - Progetto 363 - Reprodução TV Globo

Com o 363, a Fiat fará mais do que sua estreia no segmento de SUVs. Apesar de até então ser chamado de "SUV do Argo", o 363 (ao menos o chamaremos assim até a divulgação de seu nome oficial) também traz o que a Stellantis batiza como uma nova plataforma, a MLA, que a empresa desenvolveu localmente e irá para outros modelos nos próximos anos.

Durante a apresentação, ficou claro que a MLA é a evolução da MP, base do Argo e Cronos. Marcio Tonani, responsável pela engenharia da Stellantis na América do Sul, explicou que a MLA recebe diversas modificações, como o uso de aços de ultra-alta resistência e novos desenhos estruturais, como os que absorvem os impactos em caso de acidentes. Ficou bem claro que uma das maiores preocupações era o desempenho da estrutura em avaliações de segurança.

A MLA, segundo a Fiat, protegerá mais os ocupantes no que é chamada célula de sobrevivência. A absorção da energia do impacto será feita antes de chegar a área dos passageiros, e isso vale para impactos frontais, traseiros e também laterais. A MLA segue as normas atuais do Latin NCAP e já olha para as futuras resoluções do Rota 2030 e está pronta inclusive para sistemas ativos, como alerta de saída de faixa com ação no volante.

Por mais que muito do Argo seja visto no 363, como portas e teto, a engenharia reforça que são apenas as folhas, com a estrutura interna bem diferente de olho na segurança. Aliás, muito do que é aplicado na MLA não poderá ser utilizado pelo Argo em uma reestilização sem troca de base, de tão complexa que foi a mudança.

Mais conforto, melhor dirigibilidade

É isso o que a Fiat promete para o 363. Tanto a suspensão dianteira quanto a traseira tem novos componentes, apesar de ter as arquiteturas de McPherson e eixo de torção. Materiais, formato de peças e calibração de molas, amortecedores e barras são exclusivos na MLA, assim como pontos de fixação e até mesmo a caixa de direção elétrica. Até os coxins de motor e onde eles são presos foram estudados para diminuir a vibração, principalmente pois o 363 terá um motor 1.0 de 3 cilindros, que naturalmente vibra mais.

Tonani reforçou que algumas chapas não estruturais são as mesmas da MP, mas só isso. São 4 tipos de aços utilizados (ante 3 da MP), inclusive com o fundido em alta pressão, utilizado em bases com a MQB, da Volkswagen. Até os bancos foram trocados, tanto para abrigar os airbags laterais do tipo cabeça-tórax (como no VW Polo) quanto para ajudar no conforto e na absorção de impactos. Os impactos de baixa velocidade foram considerados, com projeto de absorvedores que não danifiquem a estrutura, reduzindo o tempo e custos de reparos menores. 

Apesar de ser um SUV, a Fiat diz que o 363 terá dirigibilidade de um modelo mais baixo, com menor rolagem de carroceria e melhores respostas a trocas de faixas rápidas, por exemplo, com a adoção da nova suspensão e da nova direção elétrica. Isso veremos quando o carro ser apresentado e colocado para testes práticos.

Maior que o Argo, mas...

A Fiat não pretendia falar sobre o 363 em específico na apresentação, mas acabou deixando escapar o entre-eixos do SUV: 2.532 mm. São 11 mm a mais que o Argo, porém abre um espaço para observações diante de concorrentes como o Honda WR-V (2.555 mm) e VW Nivus (2.566 mm), algo importante quando pensamos em espaço interno. 

A apresentação do 363 deve acontecer no segundo semestre. Terá os motores 1.3 aspirado com câmbio manual de 5 marchas e o CVT e o 1.0 turbo, fazendo sua estreia, com o câmbio automático de 6 marchas. Apesar de revelado no BBB, muito ainda precisa ser conhecido sobre o novo (e primeiro) SUV da Fiat. A plataforma MLA é esperada também para o 376, o SUV cupê que será mostrado em 2022. 

Ouça o podcast do Motor1.com:

 

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