A Ford e a Mahindra, fabricante indiana com a qual possuía uma joint venture, decidiram acabar de vez com a parceria. Nos últimos meses, as duas empresas já haviam anunciado o fim do projeto para a Mahindra assumisse a operação da Ford na Índia e, depois, encerraram o desenvolvimento de novos veículos. Agora não irão nem compartilhar motores e plataformas, segundo foi reportado pelo site Autocar India.

Como resultado desta decisão, os planos em produzir o novo Ford EcoSport com motor 1.2 turbo de injeção direta tiveram que ser descartados. Seria um dos dois SUVs feitos com uma plataforma da Mahindra, junto com um modelo médio. Ainda assim, tudo indica que o EcoSport seguirá vivo por lá, passando por uma segunda reestilização, porém mantendo os motores 1.5 Dragon de três cilindros e o 1.5 diesel.

Ford EcoSport ST-Line
Ford EcoSport ST-Line

O principal projeto era um SUV médio, que tinha estreia programada para o ano que vem e seria equipado com motores 2.0 a gasolina e 2.2 a diesel da Mahindra. Rumores apontam que a ideia não foi totalmente descartada e que a Ford irá utilizar a plataforma do chinês Territory ao invés da arquitetura do Mahindra XUV500, como era planejado.

Ainda precisamos ver o impacto que isso terá na Ford. A marca pretendia deixar a operação nas mãos da Mahindra, através de uma joint-venture, para evitar sair do país. Com o fim da parceria, isso iria exigir investimentos da fabricante para manter a operação local, principalmente porque a fábrica indiana produz alguns modelos até para países como os Estados Unidos - o EcoSport vendido nos EUA é indiano. No caso do SUV médio, o lançamento deve ser adiado para o final de 2022, devido à mudança na plataforma, afetando o desenvolvimento.

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Até o momento, tanto a Ford quanto a Mahindra estão em silêncio a respeito. Fontes do Autocar Índia ligadas à Mahindra revelaram que a empresa não deve entrar em acordos de fornecimento de motores, enquanto a Ford está interessada em controlar sua própria motorização ao invés de colocá-la nas mãos de uma marca considerada concorrente. Além disso tudo, há o fato de a pandemia e a mudança na liderança da M&M terem afetado as decisões sobre os investimentos e parcerias da empresa.

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