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Ford congela projetos com Mahindra e pode desistir de novos SUVs

Marca pediu tempo para trabalhar em uma nova estratégia comercial para a Índia

Ford Kuga 2020 sketch

Depois de anunciar no início do ano o cancelamento de uma joint-venture até então dada como certa, a Ford volta a colocar em xeque sua parceria com a Mahindra ao congelar projetos que ainda eram tocados conjuntamente. Conforme relata a agência de notícias Reuters, a decisão foi tomada para que a gigante norte-americana possa trabalhar em uma nova estratégia comercial para a Índia.

“As opções podem incluir trabalhar em um novo tipo de parceria com a Mahindra ou encerrar completamente a aliança e os veículos relacionados”, disse uma fonte ouvida pela agência. A ideia da Ford é encontrar uma saída que proporcione maiores índices de lucratividade, especialmente nesta fase de reestruturação global vivida pela empresa. O veredicto deve sair dentro de um mês.

Galeria: Ford EcoSport 1.5 2018

Entre os projetos desenvolvidos conjuntamente, o principal era um SUV de porte médio pensado para rivalizar com o Jeep Compass. Seria lançado em 2022, com plataforma e motores fornecidos pela Mahindra, mas design alinhado com as diretrizes da Ford. A meta era vender anualmente 50 mil unidades. Agora com os planos suspensos, fornecedores foram orientados a paralisar os trabalhos.

A aliança resultaria também no lançamento de um inédito SUV de entrada com menos de 4 metros de comprimento (tamanho que rende vantagens tributárias na Índia) e outro para suceder a atual geração do EcoSport. Até mesmo o projeto de equipar o EcoSport atual com o motor 1.2 turbo da Mahindra também foi congelado. Tudo se resumirá a uma análise de custo versus lucro que “depende de discussões com a Mahindra”, afirma a fonte.

Novo SUV Ford - Flagra
Inédito SUV resultante da parceria

Para a Ford, a parceria com a Mahindra proporcionaria melhores chances contra a acirrada concorrência local, permitindo agilidade no lançamento de novos veículos com custos reduzidos e menores investimentos. Para a indiana, seria a oportunidade de entrar em novos mercados globais. As deliberações devem durar até o final do março, quando as duas marcas irão se pronunciar.

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