A Volkswagen entra em 2021 disposta a brigar pela liderança do mercado brasileiro. Para tanto, ela terá como atração principal o Taos, inédito SUV médio rival do Compass, além da aguardada atualização para a dupla Polo/Virtus. Entre os importados, o Tiguan está para ser reestilizado no México (de onde vem para cá) e há boa expectativa para a volta do Golf ao Brasil, desta vez na oitava geração, representada pela versão híbrida esportiva GTE. Confira:
Era a peça que faltava no portfólio de SUVs da VW. Com porte entre o T-Cross e o Tiguan, o Taos vai finalmente colocar a marca na briga com o Compass, líder de vendas disparado entre os SUVs médios no país. As apostas do Taos estrão no amplo espaço interno e no porta-malas de até 498 litros, maiores que os do rival, além da oferta de itens de tecnologia.
Ele virá, por exemplo, com piloto automático adaptativo ACC com função stop-and-go (que permite seu uso na cidade), frenagem automática de emergência com detecção de pedestres, monitor de ponto cego, alerta de tráfego cruzado e faróis full-LED IQ Light (com alcance mais longo e mais largo nas laterais), entre outros itens.
A mecânica será sempre a mesma do T-Cross Highline: motor 1.4 TSI de 150 cv e 25,5 kgfm ligada ao câmbio automático de 6 marchas com tração dianteira. Com peso total de 1.420 kg, ou 136 kg mais leve que o Compass, o Taos será capaz de acelerar de 0 a 100 km/h em 9,3 segundos e atingir velocidade máxima de 194 km/h.
Será ofertado nas versões Comfortline e Highline, com preços estimados entre R$ 140 mil e R$ 160 mil, respectivamente. O lançamento está marcado para o segundo trimestre do ano, com produção na Argentina.
Já roda na Europa em testes a primeira reestilização do atual Polo. Com mudanças no visual da frente (para-choque, grade e faróis) e traseira (para-choque, lanternas e tampa), o hatch deve pintar aqui no segundo semestre - sua estreia local ocorreu em setembro de 2017, poucos meses depois do mercado europeu. As mudanças visam adaptar o Polo à linguagem visual mais recente da marca, trazendo conceitos do Golf 8 aliados a novidades que já vimos no Nivus.
Por fora, as principais alterações ficarão por conta do conjunto óptico. Os faróis ganharão formato irregular, com uma "barriga" na parte mais próxima da extremidade da carroceria, enquanto as lanternas terão novo formato, passando a invadir a tampa do porta-malas, num prolongamento muito semelhante ao do novo Golf. Novas rodas completarão o estilo atualizado.
Por dentro, o Polo vai adotar alguns componentes do Nivus, como a central multimídia VW Play com tela de 10,1" e o novo volante da VW, além do logotipo redesenhado da marca. Também deve herdar equipamentos de segurança como o piloto automático adaptativo (ACC). Não há previsão de mudanças na mecânica, mantendo os motores aspirados MSI 1.0 e 1.6, e turbo TSI 1.0 e 1.4.
O sedã Virtus deve acompanhar as mudanças com pouca diferença de tempo - podem até ser lançados juntos.
Apresentado na Europa na versão "curta" (diferente da Allspace alogada que temos no Brasil), o Tiguan 2021 atualizou o design e o interior com toques do... Golf 8, claro. Após a estreia do Taos, a VW deve mexer na linha do SUV mais caro por aqui, assim que o Tiguan Allspace for atualizado no México (de onde vem para cá). O modelo europeu antecipa as novidades, com novos faróis, grade e para-choque na frente, e lanternas em LED com novo desenho interno e o nome do carro reposicionado para o meio da tampa na traseira. Por dentro, o quadro de instrumentos digital passa a ser item de série em todas as versões e o ar-condicionado ganha comandos sensíveis ao toque, enquanto o volante agora é o novo da marca, semelhante ao do Nivus.
Por conta do Taos, o novo Tiguan será reposicionado no Brasil: deve perder a versão de entrada 250 TSI e focar nas mais caras, sempre com 7 lugares, com possível estreia de uma 2.0 TSI Comfortline no lugar da 1.4 TSI, além da R-Line 2.0 TSI já existente. Outra novidade que deve vir ao Brasil é a versão híbrida plug-in, que oferece o mesmo conjunto mecânico do Golf GTE, com 245 cv e 40,8 kgfm, e autonomia de 505 km pelo ciclo WLTP.
A VW já prometeu em outras outras ocasiões que traria o novo Golf GTE ao Brasil. A geração anterior teve o último lote vendido para uma grande locadora e desde antão a vinda do modelo "G8" ficou no ar - possivelmente pela alta do euro, que vai deixar o preço do GTE importado da Europa bem salgado. De todo modo, a eletrificação é um passo definido dentro da VW do Brasil e o novo GTE deve vir mais como uma vitrine de tecnologia do que para gerar volume de vendas.
Na oitava geração, a motorização do Golf GTE ainda é composta pelo 1.4 turbo de 4 cilindros e 150 cv, agora combinado a um motor elétrico de 116 cv (85 kW), aumento de 14 cv (10 kW). A marca também melhorou a forma como os dois trabalham em conjunto, conseguindo uma potência combinada de 245 cv e 40,7 kgfm – são 41 cv e 5 kgfm mais do que GTE anterior. O câmbio é o conhecido DSG de dupla embreagem e 6 marchas.
A VW também colocou novas baterias no hatch, agora com capacidade de 13 kWh - 50% mais do que os 6,9 kWh do sistema anterior. Na prática, a marca diz que isso eleva a autonomia no modo elétrico para cerca de 60 km, 10 km a mais do que antes.
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