Protagonizada, via de regra, pelas versões topo de linha carregadas de acessórios, a apresentação de modelos novos costuma sempre esconder as variantes mais básicas e simples da gama. É estratégia comum entre marcas generalistas e com a romena Dacia não poderia ser diferente. Prova disso é o Sandero de nova geração, revelado primeiramente na configuração mais cara e, só agora, apresentado em traje básico e desprovido de qualquer requinte.
A versão em questão é batizada de Acess e faz do Sandero o carro mais barato à venda em diversos países da Europa, como no Reino Unido, onde custa a partir de 7.995 libras (R$ 54.000). À primeira vista chega a assustar pela simplicidade do design e sensação de baixo custo. Sempre na cor branca, o modelo dispensa itens considerados básicos como pintura nos para-choques, retrovisores e maçanetas, e ainda abre mão de calotas ou qualquer tipo de revestimento cromado.
Apesar disso, não faz feio quando consideramos a lista de equipamentos. São de série itens como faróis com luzes diurnas de LED, vidros dianteiros elétricos, antena de teto, limpador do vidro traseiro, volante com regulagem de altura, direção elétrica, computador de bordo, pré-disposição para rádio e dock station para smartphone. Nada mal para uma versão com para-choques sem pintura.
No quesito segurança, então, o Sandero básico se sai melhor que qualquer carro de entrada brasileiro e até mesmo que o próprio Sandero nacional: oferece como padrão sistema de frenagem de emergência automática, 6 airbags, limitador de velocidade, controles de estabilidade e tração, freios ABS com EBD, assistente de partida em rampa e sensor de pressão dos pneus.
Sob o capô, a versão de entrada oferece sempre motor 1.0 SCe 3 cilindros de 65 cv e 9,7 kgfm de torque, associado ao câmbio manual de 6 marchas. Com peso total de 1.014 kg, a relação potência/peso é de 15,6 kg/cv.
No Brasil, a previsão de chegada é para 2022, quando a Renault começará a trabalhar com a plataforma CMF-B no país. Além do Sandero, serão lançados o sedã Logan e o Stepway. A diferença é que, para o mercado nacional, haverá design exclusivo e alinhado com as diretrizes da própria Renault. É considerada até mesmo a mudança de nome de Logan para Taliant, com poucas chances de o hatch manter o nome Sandero - só o Stepway deverá ser mantido.
Fotos: Divulgação
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