Um dos principais modelos do plano de renovação da Nissan acaba de ser apresentado na Ásia. O Nissan Magnite é um pequeno crossover com apenas 4 metros de comprimento e que terá um papel importante no Brasil, tornando-se o modelo de entrada da empresa no lugar do March – como Motor1.com revelou com exclusividade. A estreia do carro na Índia acontecerá somente no ano que vem, e quanto a produção por aqui é esperada para 2022.
O Nissan Magnite nasceu como um projeto da Datsun, divisão de baixo custo da empresa, de olho no mercado asiático. Como a Datsun será descontinuada, o veículo passou para a Nissan. É construído com a plataforma CMF-A+, uma versão modificada da arquitetura do Renault Kwid que é usada também em variantes do subcompacto, como a minivan Triber e o futuro crossover Kiger.
Como só será lançado em 2021, a fabricante segurou todas as informações técnicas sobre o Magnite. Sabemos que terá menos de 4 metros de comprimento (se seguir os rivais Hyundai Venue e Kia Sonet, será algo como 3,99 m). As únicas medidas reveladas é que terá uma distância de 205 mm em relação ao solo e o porta-malas terá capacidade para 336 litros.
Visualmente, o Magnite traz elementos do nosso Kicks, como o caimento do teto e os faróis espichados em LED com projetor duplo. Só que a maior parte do design vem de outros modelos da Datsun, como o Redi-Go, repetindo itens como formato da grade e as luzes em LED nos para-choques. A traseira é própria, adotando lanternas na horizontal que já haviam sido adiantas em um teaser. As rodas são de liga leve de 16" para todas as versões.
Do lado de dentro encontramos uma cabine muito parecida com a do Triber. O posicionamento das saídas de ar, comandos do ar-condicionado, central multimídia e de outros itens é igual, mas a Nissan alterou as peças e o formato de alguns acabamentos, mudando o suficiente para que passe a impressão de ser outro carro – até porque precisa se diferenciar do Renault Kiger.
Terá uma central multimídia de 8” com Android Auto e Apple CarPlay sem fio, que também mostrará as imagens das câmeras 360°. O painel de instrumentos utiliza um display TFT de 7”, mostrando informações como consumo médio e pressão dos pneus. Ainda não foi confirmado se esses itens estarão só na versão topo de linha ou se serão de série. A variante apresentada na Índia mostra outros itens, como carregador wireless para smartphones e sistema de som JBL com seis alto-falantes. Trará controle de estabilidade e tração também de série, mas a fabricante não falou nada sobre os airbags - que não são obrigatórios na Índia.
Na motorização, embora a Nissan não tenha confirmado oficialmente, é dado como certo que terá um motor 1.0 aspirado de 73 cv nas versões mais básicas, sempre com com câmbio manual de 5 marchas. As configurações mais caras adotarão o novo 1.0 turbo de três cilindros, que deve entregar uma potência entre 95 cv e 100 cv, combinado ao automático do tipo CVT.
Apesar de ter nascido na Índia, o crossover será um modelo global. Guilluame Cartier, vice-chairman da Nissan para África, Oriente Médio, Índia, Europa e Oceania, confirmou que o veículo será lançado em outros mercados no futuro. A Índia será responsável pela montagem para a maioria dos países. Apesar da declaração, a empresa não diz ainda onde mais irá lançar o crossover.
Como revelado em primeira mão por Motor1.com, o Magnite será a aposta da Nissan para o segmento de entrada, substituindo o March (que teve sua produção encerrada). O lançamento está previsto para março de 2022 e o crossover deve ser produzido em São José dos Pinhais (PR), onde está a fábrica da Renault que faz o Kwid, aproveitando que compartilham plataforma.
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