O coronavírus não impediu a apresentação do novo Hyundai Elantra, que chega à sua sétima geração com a missão de apagar o gosto ruim deixado pelo modelo anterior – que não foi bem aceito e ficou só 5 anos nas concessionárias. Para garantir que o sedã seja o centro das atenções, a fabricante sul-coreana investiu em um design ainda mais ousado, tornando-se quase um cupê de quatro portas e com uma inédita versão híbrida, que promete um rendimento acima de 21 km/litro.
Usando uma nova plataforma e a interação atual da identidade visual “Esportividade Sensual”, o novo Hyundai Elantra cresceu comparado com o modelo anterior. Agora mede 4,67 metros de comprimento, um aumento de 5,5 cm sobre a geração passada. A maior parte do ganho está nos balanços, já que o entre-eixos de 2,72 m é somente 2 cm mais longo. Segundo a marca, estas mudanças fazem com que seja maior do que os 4,63 m do Toyota Corolla, só que 3 cm menor que o VW Jetta, embora ofereça mais espaço interno pro ter um entre-eixos maior.
Aumentar o comprimento total e o entre-eixos permitiu que os engenheiros desenhassem o Elantra como um visual de cupê de quatro portas. “A nova estética foi completada pelo uso de linhas não-convencionais e uma face que quebra um tabu no design automotivo”, explica Luc Donckerwolke, chefe de design da marca.
A frente do Elantra adota uma grade ainda maior, mas que mantem o formato usado por outros carros. Os faróis são bem inclinados e usam uma linha em LED na parte superior, criando uma divisão entre as luzes normais e as setas. O capô é bem longo e inclinado, além de trazer o logotipo da Hyundai (que normalmente ficava na grade).
Do outro lado, a traseira é outro ponto que vai dar muita discussão. As lanternas triangulares contam com um elemento “H” em LED que atravessa e destaca a tampa do porta-malas que faz um recuo. Isso faz com que não precise de um spoiler, pois a própria carroceria tem o formato para fazer esse papel.
Já no interior, a Hyundai diz que a inspiração veio dos aviões, criando um cockpit que envolve o motorista. Passa uma sensação de minimalismo, por usar botões no acabamento branco abaixo da central multimídia. Falando nela, a tela de 10,25” pode conectar-se à dois celulares e usa Android Auto e Apple CarPlay sem fio. Logo ao seu lado está outro display, também de 10,25”, este para o painel de instrumentos. As versões mais baratas terão uma multimídia de 8”. Ainda terá carregador por indução para smartphones.
Para não ficar para trás no quesito segurança, virá com frenagem automática de emergência, assistente de permanência em faixa, câmera de ré com linhas de guia, assistente de farol alto e alerta de atenção para o motorista. Entre os opcionais estarão alerta de ponto cego com atuação automática, controle de cruzeiro adaptativo, assistente de mudança de faixa e mais.
A Hyundai vem investindo em tecnologias integradas para os seus carros e o Elantra também receberá o sistema Blue Link, permitindo ligar o veículo, abrir ou travar as portas e mexer na temperatura do ar-condicionado pelo smartphone. Outro sistema novo é o comando por voz, permitindo que o motorista peça para o carro mudar a temperatura do ar ou pedir para mostrar um endereço no GPS. Por um custo extra, ainda é possível adicionar o Digital Key, transformando o celular ou um cartão com sistema NFC em uma chave para o carro por aproximação.
Nos Estados Unidos, o novo Elantra será vendido com duas opções de motores. Os modelos mais baratos terão o 2.0 aspirado de 149 cv a 6.200 rpm e 18,2 kgfm de torque a 4.500 rpm. Trabalha com uma transmissão automática do tipo CVT. As variantes mais caras adotam um sistema híbrido, o primeiro a ser oferecido no sedã, formado pelo 1.6 de quatro cilindros em um motor elétrico de 43 cv. No total, são 141 cv e 26,9 kgfm, controlados pela transmissão automatizada de dupla embreagem e 6 marchas. Usa um conjunto de baterias de somente 1,32 kWh, carregadas pelo movimento do veículo. A Hyundai diz que o consumo estimado irá passar dos 21 km/litro.
A sétima geração do Hyundai Elantra começará a ser produzida na metade do ano na Coreia do Sul e nos Estados Unidos, enquanto o início da venda está marcada para o último trimestre deste ano. Ainda não há informações sobre a possibilidade do sedã ser vendido no Brasil. A Hyundai-Caoa, importadora oficial da marca, levou a versão reestilizada da geração passada para o Salão do Automóvel de 2018, prometendo vendê-la por aqui a partir de 2019. Com a troca de geração e a queda na procura por sedãs médios, os planos mudaram e ficamos sem o carro. Será que dessa vez ele vem?
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