Após amargar perda de participação diante das rivais BMW e Mercedes-Benz, a Audi promete implementar um ambicioso programa estratégico e finalmente dar uma virada de mesa sobre a concorrência. Em entrevista concedida recentemente, o vice-presidente financeiro, Alexander Seitz, afirmou que a empresa irá trabalhar duro em nas estruturas de custos e que, em termos operacionais, fará de 2019 "um ano de limpeza". O objetivo é reduzir custos e aumentar a produtividade, de modo a sair de forma definitiva de um cenário macroeconômico difícil, com de altos custos de desenvolvimento e altos gastos antecipados com mobilidade elétrica.

Galeria: Audi Q4 e-tron concept 2019

O programa de reestruturação vem justamente para sanar dificuldades como redução das margens de lucro (que caíram de 7,8% para 6%), queda nas vendas globais (1,8 milhão, ou seja, -3,5%) e recuo de 14% só na Europa. A meta agora é superar os gargalos de produção decorrentes do novo ciclo de testes de emissões WLTP, recuperar o terreno perdido para as rivais e alcançar margem de lucro operacional entre 7% e 8,5%. Além disso, a empresa buscará melhorar a utilização de sua capacidade produtiva, agrupando plataformas e eliminando motores pouco demandados.

O portfólio também será inteiramente renovado e até 2025 a meta é ter nos segmentos de médio e grande porte um total de 15 modelos. Por outro lado, modelos icônicos para a marca poderão não sobreviver e a esta nova estratégia, como os esportivos TT e R8. Mais detalhes serão divulgados em reunião anual no dia 23 de maio.

Fonte: Automotive News Europe

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