Depois da Ford anunciar o fim da produção do Focus na Argentina, agora é a vez do Volkswagen Golf passar por algo semelhante. A fabricante parou de montar as versões 1.0 TSI e 1.4 TSI em São José dos Pinhais (PR), para dar espaço ao inédito T-Cross, o primeiro SUV compacto da marca. Na época, a marca disse que era uma parada técnica para dar prioridade ao crossover, só que as concessionárias já apontam que estas versões do hatch médio não serão mais vendidos. Isso foi confirmado com a retirada do Golf 1.4 do configurador, possivelmente por não ter mais unidades no estoque. Após o fim da vendas da unidades remanescentes, a única opção será o Golf GTI, por R$ 149.290.
O fim do Volkswagen Golf nacional já era esperado. David Powels, ex-presidente da VW América do Sul, havia adiantado em uma entrevista que o hatch médio estava com os dias contados no país. Na época, a fabricante correu para “esclarecer” o que foi dito por seu comandante, explicando que isso seria uma medida a longo prazo. Tempos depois, na apresentação do modelo reestilizado, executivos revelaram ao Motor1.com que o intuito era transformar o Golf em um carro para demonstrar as tecnologias da empresa e que será um produto de nicho.
Além do segmento dos hatches médios ter encolhido a ponto de representar 0,63% do mercado nacional em 2018, o Golf ainda enfrenta outros problemas. A fabricante acredita que o T-Cross “será um divisor de águas”, com um papel importante na briga pela liderança no Brasil, então ela irá precisar de toda a capacidade de produção da fábrica em São José dos Pinhais.
Outra dificuldade para o Golf nacional é que a nova geração será revelada no 2º semestre deste ano, mais refinada e que deve adotar um sistema híbrido-leve. Mudar o hatch feito por aqui custaria muito caro para um segmento que não justifica o investimento. Embora a empresa não confirme, o mais provável é que o Golf passe a ser importado e somente na versão GTI – justamente por ser um carro de nicho.
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