Suzuki deixa China pela falta de carros maiores
Portfólio composto basicamente por compactos não vinha agradando consumidores
A Suzuki confirma que está deixando oficialmente de atuar no mercado chinês de automóveis. Em anúncio divulgado à imprensa, a marca explicou que deixará de ter representação própria no país e transferirá toda a operação local para a empresa Chongqing Changan Automobile, que seguirá produzindo alguns modelos sob licença. A motivação teria sido a preferência dos chineses por modelos de grande porte, algo que contraria diretamente o atual portfólio de compactos da marca.
Em 2003, para efeito de comparação, o mercado automotivo da China tinha 35% de participação de veículos pequenos. No ano passado, esse índice caiu para apenas 6,7% e a Suzuki foi bastante atingida. O maior modelo oferecido por ela lá é o Vitara, que está longe de ser grande e sofre com a concorrência acirrada de outras marcas. Carros como Ignis e Swift são compactos demais para o gosto local. Diante disso, a marca optou por se retirar do país depois de mais de 25 anos.
Esta, aliás, não foi a primeira vez que a Suzuki deixou um mercado importante. Em 2003, a marca saiu do Brasil e voltou a atuar apenas em 2008, sendo atualmente representada pelo grupo HPE. Em 2012, abandonou os Estados Unidos e não retornou até hoje.
Com a saída da China, a marca agora concentrará esforços principalmente na Índia, onde é líder de vendas.
Fotos: Divulgação
Galeria: Suzuki Swift 2017
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