Apesar de veiculação de rumores sobre uma eventual morte, a Chrysler seguirá viva dentro do programa estratégico de 5 anos da FCA. De acordo com o chefão Sergio Marchionne, a marca será transformada em uma espécie de divisão de mobilidade, com a responsabilidade de capitanear os investimentos do grupo nesta área. Na prática, a parceria já mantida com o aplicativo Waymo, do Google, será intensificada e a Chrysler seguirá o mesmo caminho da Volkswagen com a Moia e a Geely com a Lynk & Co.
A FCA também confirmou que 62 mil unidades da Pacifica serão usadas pela Waymo ao longo da parceria e que os testes com tecnologias autônomas de condução serão ampliados. Já fora do aspecto tecnológico, a marca seguirá atuando comercialmente com apenas com a Pacifica, tendo em vista que o 300 não terá vida longa e o mercado de sedãs está cada vez mais reduzido. Futuramente, SUVs poderão ser introduzidos no portfólio para complementar a atuação da minivan, mas nenhuma informação detalhada foi divulgada até agora.
Questionado sobre os planos traçados para o Dodge, Marchionne também foi claro: "A Dodge precisa continuar a firmar seu espaço como uma marca de desempenho, e precisamos continuar a desenvolver essa habilidade central". O chefão afirmou ainda que não há a menor possibilidade de descontinuar a Dodge ou a Chrysler e que ambas são marcas de atuação regional (referindo-se à América do Norte). "Elas precisam ser desenvolvidas para as condições do mercado local", completou.
Na sequência, confessou que não tem interesse em desenvolver novos sedãs. "Na nossa visão, 70% do mercado norte-americano já não tem interesse em sedãs e continuar investindo em três volumes tradicionais é altamente inviável", disse. Apenas a Dodge (representada atualmente pelo Charger) poderá ter alguma chance nessa categoria por conta da herança esportiva que possui.
Fotos: Divulgação e Arquivo Motor1.com
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