Muito se fala sobre o desenho dos carros elétricos e híbridos. Não são raros os comentários que elogiam sua tecnologia, mas na mesma proporção criticam o design "futurista" e "ousado" que eles carregam. A segunda geração do Nissan Leaf chega para mudar isso, apostando em um visual mais tradicional, que segue a nova linguagem da marca japonesa.
Nos Estados Unidos, sua concorrência é pesada. As duas novidades, Chevrolet Bolt e Tesla Model 3, nasceram para atacá-lo e tentar tirar dele o título de carro elétrico mais vendido do mundo. Desde 2010, o elétrico da marca japonesa já soma mais de 280.000 carros vendidos globalmente. Seu preço? Por lá, começa em US$ 29.990, ou US$ 690 a menos que o atual. Sim, eles reduzem preços quando a concorrência aperta. Ele será vendido em três versões (S, SV e SL) com duas opções de baterias: 40kWh (cerca de 240 km de autonomia) e 60kWh (320 km), mas seus preços não foram divulgados.
Segundo a Nissan, o desenho do Leaf anterior colaborava na aerodinâmica para redução de ruídos e vibrações. Como a nova geração é melhor nesses aspectos, ele pôde ficar mais tradicional, com pegada mais esportiva e menos futurista (e controverso). Repare que ele usa a dianteira bem parecida com a do novo March e do Kicks, os primeiros frutos da nova cartilha de design da Nissan.
O novo Leaf usa o mesmo motor elétrico do anterior, mas com um inversor novo, que aumenta a potência. Agora são 149 cv e generosos 32,6 kgfm de torque desde o zero, com velocidade limitada em 140 km/h. Segundo a Nissan, a aceleração de 0 a 100 km/h melhorou cerca de 15% e a retomada 60-100 km/h, 30%.
Entre as novidades do Leaf estão o e-Pedal, sistema que pode ser ligado e desligado por um botão, e transforma o acelerador em um pedal de freio virtual. Ao soltá-lo, o inversor faz uma força suficiente para frear o carro sem a necessidade do sistema de freios. Lembra os primeiros Tesla.
Em dimensões, o novo Leaf é 3,5 cm mais longo, 1 cm mais alto, 2 cm mais largo e com centro de gravidade 0,5 cm mais baixo. A Nissan quer que seu elétrico seja visto como um membro tradicional em sua gama, e isso é visível principalmente no interior, onde reconhecemos o painel, volante e central multimídia do Kicks. Mas lá, há espelhamento de smartphone via Apple CarPlay e Android Auto.
Outro ponto forte é a carga de tecnologia. Há o ProPilot, um piloto automático adaptativo que se mantém na faixa e pode frear sozinho em caso de emergência. No Japão, ele estacionará sozinho, tanto de frente quanto de ré, em qualquer tipo de vaga. O sistema de navegação encontra pontos de recarga quando necessário e solicitado.
A Nissan acredita haver espaço para todos nesse segmento. Segundo a marca, os novos concorrentes apenas trouxeram novos consumidores para a categoria, e que o Leaf não perdeu espaço. É um bom indicativo do que podemos esperar para o um futuro bem próximo.
Fotos: Divulgação
RECOMENDADO PARA VOCÊ
Nissan Leaf vai virar SUV na próxima geração; conceito antecipa design
Fiat Mobi alcança 600 mil unidades produzidas em quase 9 anos de mercado
Nissan Leaf: um dos primeiros carros elétricos do Brasil pode sair de linha
VW revela novo Tiguan 2025 nos EUA e adianta SUV que pode vir ao Brasil
Vídeo: Nissan Leaf vira esportivo com dois motores e tração integral
Quer apostar? Híbridos vão depreciar mais que elétricos daqui a 10 anos
Nissan testa Leaf com dois motores elétricos e tração integral