Porsche Panamera: como é a nova suspensão ativa na prática
Nova geração aproveita estrutura híbrida para criar sistema único
A engenharia alemã sempre nos surpreende com soluções tecnológicas que, em muitas vezes, revolucionaram a indústria ao ganhar volume e mais modelos. Apesar da corrida chinesa, os alemães buscam subir a régua em diversos aspectos, como a eletrificação e em como ela trabalha em prol não só de motores de tração. No caso do Porsche Panamera, na suspensão.
Esta nova geração do Porsche Panamera nos apresentou o Porsche Active Ride, uma evolução da suspensão pneumática ativa que só foi possível pela arquitetura de 400V do sistema híbrido plug-in e uma nova geração de amortecedores e molas pneumáticas. Agora no Brasil, tivemos um primeiro contato com esse sistema e como atua na prática, pronto para estrear também em próximas gerações de novos Porsche, como uma nova geração do Taycan e o futuro Cayenne elétrico.
Depende do sistema híbrido? Como assim?
O Porsche Panamera e-Hybrid usa uma arquitetura eletrônica de 400 volts, que permite respostas mais rápidas de sistemas e componentes especificamente projetados para isso. Na Active Ride, um dos componentes mais essenciais é uma bomba hidráulica ligada neste sistema que, com base em informações de acelerômetros e sensores de posição, atua nos amortecedores.
Apesar das molas pneumáticas, não são elas que atuam para equilibrar a carroceria do Panamera com o Active Ride. Com duas válvulas, uma para compressão e outra para retorno, o sistema hidráulico levanta e abaixa a carroceria do Panamera comandado por uma central eletrônica dedicada com base nas informações dos sensores - as bolsas de ar estão ali para auxiliar em alguns momentos, mas seriam dispensáveis, segundo a marca. Pela estabilidade do sistema, até a barra estabilizadora foi eliminada do Panamera quando equipado com o opcional de R$ 57.494 - o Panamera 4 custa R$ 803 mil, enquanto o 4S começa em R$ 922 mil.
Além disso, há uma "vida dupla" no Active Ride: uma atenção no conforto, ao equilibrar a carroceria para não repassar aos ocupantes tanto a passagem por buracos e ondulações e neutralizar o comportamento em acelerações e frenagens mais fortes e, em modo Sport e Sport Plus, dar estabilidade para essa carroceria não dobrar nas curvas mais fortes e garantir o aproveitamento de potência e torque, como um bom Porsche tem que fazer.
Como funciona para o conforto?
Já vimos no passado diversas formas de suspensão inteligente, inclusive com essa função de isolamento da carroceria, mas que não trabalhavam de forma tão rápida e precisa principalmente pela tecnologia de processamento e alimentação que existiam na época. E se o Panamera se identifica como um sedã executivo, a principal função da Active Ride é o conforto.
Nos modos de condução em que a esportividade não é necessária, o Active Ride está pronto para equilibrar a carroceria. Em curvas, ele vai manter a estabilidade, mas colocará a carroceria reta para os ocupantes não sentirem esse efeito. Nas irregularidades do asfalto, fará o trabalho de amortecimento para o máximo de filtro, assim como faz a distribuição de peso conforme onde está cada ocupante - ou seja, cada roda tem uma carga de amortecedor para manter a altura igual nas quatro extremidades.
Outras funções bem curiosas estão no Panamera. Primeiro, a suspensão compensa a frente que afunda em frenagens e o que acontece com a traseira em acelerações, mais uma vez, equilibrando o sistema para que os ocupantes não sintam o efeito da gravidades nessas situações. Outra é o levantamento para facilitar o acesso dos ocupantes e o levantamento automático em pontos demarcados, como entradas de garagens ou valetas, por exemplo.
E como é em modo Sport e Sport Plus?
E quando se identifica como Porsche? Afinal, o Panamera chegou ao Brasil em duas variações E-Hybrid: Panamera 4, com 470 cv combinados; e Panamera 4S, de 544 cv combinados, onde ambos tiveram o motor V6 2.9 turbo revisados, assim como novo motor elétrico e baterias de maior capacidade - falaremos mais disso em um teste completo do novo Panamera.
Neste momento, o sistema reconhece um uso mais focado em desempenho. Neste momento, o Panamera fica mais baixo e os amortecedores ganham carga, ficando mais firmes. Não há nenhum sistema ativo de compensação, apenas a dedicação a manter a estabilidade em velocidades mais altas - uma variação, mesmo de forma rápida, pode prejudicar a resposta da carroceria em um movimento mais rápido.
Neste rápido contato, uma coisa o Panamera corrigiu com esse sistema. Na geração anterior, o peso era bem mais sentido pelo motorista, principalmente em curvas de velocidade mais alta, mas a nova suspensão melhorou bastante essa situação e deixou o Panamera mais equilibrado para quem irá aproveitar toda a sua potência.
VEJA MAIS NO CANAL DO MOTOR1 NO YOUTUBE
RECOMENDADO PARA VOCÊ
Porsche lança novo Panamera 2025 com suspensão inteligente que "dança"
Kia diz que sua picape rival da Hilux é mais bonita pessoalmente
Porsche Panamera elétrico não acabará com versão gasolina, diz executivo
Sabotagem econômica barra mercado de 3 milhões de veículos
Porsche Panamera Sport Turismo sai de linha porque poucas pessoas o compraram
Nissan e Honda estariam iniciando negociações para fusão
Porsche Panamera 2024 ganha mudanças profundas com status de nova geração