Nos últimos anos, muitas montadoras mudaram suas estratégias. No fim de 2020, publicamos uma lista com os modelos mais baratos de cada marca no Brasil, onde ainda existiam Ford Ka, Suzuki Jimny nacional, Caoa Chery Tiggo 2 e outros modelos que saíram de linha e mostraram que suas empresas estavam mudando.
Outros fatores também interferiram nesse processo, como os grandes aumentos registrados nos anos seguintes. Das 19 marcas aqui listadas (faremos uma seguinte com as premium), 8 estão abaixo dos R$ 100 mil com seu modelo de entrada, além de dois elétricos, da GWM e BYD, por cerca de R$ 150 mil.
A BYD apostou alto na eletrificação e colocou o Dolphin nesta lista. O modelo elétrico mexeu com o segmento e obrigou diversas montadoras a reduzirem preços de modelos menores e menos equipados, como o Renault Kwid E-Tech e o Caoa Chery iCar. Tem 95 cv e autonomia elétrica, pelo Inmetro, de 294 km.
Antes um modelo intermediário, o Tiggo 5x Sport é a porta de entrada da Caoa Chery. Em versão única, tem motor 1.5 turbo de 147/150 cv e 21,4 kgfm de torque ligado ao câmbio CVT. O SUV recebeu esta nova versão recentemente, de olho nos já passados incentivos fiscais e para aumentar o volume de vendas da montadora. Pelo mesmo preço, há o elétrico iCar.
A Citroën seguiu um caminho contrário. Apresentou o novo C3 como um carro mais acessível para criar volume em nosso mercado. A versão de entrada, Live 1.0, é um dos mais baratos do país e não esconde a simplicidade, com calotas e sem limpador e lavador traseiros. Mas não abre mão do ar-condicionado, direção elétrica e os controles de tração e estabilidade, ao menos.
Entre as duas listas, a Chevrolet aposentou o Joy e deixou ao Onix o papel de seu carro de entrada. A versão de entrada não tem um nome específico, mas tem 6 airbags, ar-condicionado, direção elétrica e som com USB e bluetooth. É bem simples visualmente, com rodas de 14" com calotas e sem adesivos nas colunas, por exemplo.
O Fiat Mobi Like é um dos mais baratos do país. O subcompacto compete com o Kwid nessa posição, mas já se aproxima do Citroën C3 com os atuais aumentos. Tem ar-condicionado, direção hidráulica e o motor 1.0 Fire, um antigo conhecido do mercado. E pensar que já foi um carro abaixo dos R$ 50 mil com esses equipamentos...
Com a chegada da nova geração da Ranger, a Maverick tomou a posição de modelo mais barato da Ford. Em sua versão híbrida, chega importada do México com um conjunto de motor 2.5 aspirado e um motor elétrico no eixo dianteiro, conjunto que permite a picape um consumo bom principalmente na cidade, sem a necessidade de recarga externa.
Outro elétrico chinês nesta lista, o GWM Ora 03 pega pelo visual diferenciado. São 171 cv de potência e um estilo que quer conquistar um público que busca um carro estiloso, elétrico, mas que não vai cobrar tão alto. Ainda em pré-venda, chega aos concessionários em breve.
Sem o Fit e com o City Hatchback começando pela versão EXL, o City EX é a forma mais barata de se ter um Honda zero na garagem. O sedã vem bem equipado mesmo aqui, com o motor 1.5 aspirado com injeção direta, sistema multimídia com espelhamento e tela de 8", chave presencial, partida por botão e piloto automático.
O Hyundai HB20 Sense Plus segue o mais barato da marca, mas o hatch teve uma reestilização no ano passado. A lista de equipamentos inclui 6 airbags, controles de tração e estabilidade, painel com tela de 3,5" para computador de bordo, ar-condicionado, direção elétrica e som com USB e bluetooth.
A JAC mudou sua estratégia, com foco total em modelos elétricos. Com isso, o E-JS1 é seu modelo mais barato e o carro elétrico mais barato do mercado brasileiro. Com 62 cv, tem bateria de 30,2 kWh e uma autonomia declarada de 302 km. Em dimensões, tem 3,65 m de comprimento e 2.390 mm de entre-eixos.
O Jeep Renegade tem motor 1.3 turbo de até 185 cv e 27,5 kgfm de torque. A versão sem nome chega com faróis e lanternas full-LEDs, sistema multimídia com tela de 8,4" com espelhamento sem fios, alerta de saída de faixas e rodas de 17", além dos 6 airbags e controles de tração e estabilidade.
O SUV híbrido-leve Stonic usa o motor 1.0 turbo que conhecemos do HB20, mas com algumas evoluções como o controle de abertura de válvulas, além do auxilio 48 volts. É o mais barato Kia depois que o Rio saiu de linha com pouco tempo de mercado e tem pacote de equipamentos com chave presencial, partida por botão e sistema multimídia com espelhamento.
Outro modelo que foi de intermediário a entrada é o Mitsubishi Eclipse Cross. Com o fim do ASX e Outlander Sport, esta é a opção mais barata nas concessionárias da marca. Tem motor 1.5 turbo de 165 cv e, mesmo na versão GLS, um pacote de equipamentos com rodas de 18" e sistema multimídia com tela de 7", por exemplo.
O Nissan Versa foi reestilizado recentemente e, na versão de entrada, agora tem rodas de liga-leve de 15", luzes diurnas em LEDs, sistema multimídia com espelhamento, controles de tração e estabilidade, 6 airbags e o motor 1.6 aspirado ligado ao câmbio CVT.
Fez bem para a Peugeot a chegada do grupo Stellantis. O mais barato da marca segue sendo o 208 Like, mas a diferença de preço não é tão grande como outras marcas. Ele trocou o motor 1.6 aspirado pelo 1.0 aspirado e recebeu alguns equipamentos, como as luzes diurnas em LEDs em todas as versões. Isso deu a ele um maior espaço no mercado.
O carro mais barato do Brasil. O Renault Kwid pode se orgulhar de seu título, mês a mês disputado com o Fiat Mobi Like. Na sua reestilização, recebeu luzes diurnas em LEDs, um estilo mais SUV na dianteira e os controles de tração e estabilidade, itens ausentes no seu concorrente. A versão Zen tem rádio com USB e Bluetooth e os 4 airbags.
Hoje, a Suzuki não produz mais no Brasil e importa apenas o Jimny Sierra. Vindo do Japão, deixou de ser um 4x4 tão acessível e, na versão de entrada com câmbio manual, custa R$ 162.990. É mais moderno que seu antecessor, com assistente de descida, controles de tração e estabilidade e sistema multimídia.
Sem o Etios, o Yaris assumiu o lugar de modelo mais barato da Toyota. A versão XL tem motor 1.5 aspirado e câmbio CVT, além dos 7 airbags, sistema multimídia com espelhamento, controle de tração e estabilidade e luzes diurnas em LEDs. É uma das opções mais baratas com câmbio automático do país.
A mais recente novidade do mercado brasileiro, o VW Polo Track substitui o Gol. Produzido em Taubaté (SP), tem simplificações e visual diferente dos demais Polo, como os faróis halógenos e a suspensão um pouco mais alta. Seu opcional é o sistema multimídia de 6,5" por R$ 650, se série apenas o rádio bluetooth e USB.
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