Da mesma forma que o Brasil abastece boa parte do mercado de carros da Argentina, a indústria automotiva do país vizinho também envia para o lado de cá da fronteira uma série de veículos. No âmbito do Mercosul, tanto automóveis de passeio quanto utilitários esportivos desembarcam por aqui sem pagar imposto de importação e com posicionamento competitivo em diversos segmentos.
De todos os veículos argentinos importados pelo Brasil, os mais comuns são as picapes médias. Ao todo, quatro diferentes camionetes produzidas pelos hermanos são vendidas por aqui. Na sequência aparecem os sedãs com duas opções, SUVs também com duas e hatchbacks com mais duas. Reunimos abaixo os 10 principais e falamos um pouco sobre cada um.
Apesar de ser construído sobre a mesma plataforma do Argo produzido em Betim (MG), o sedã Fiat Cronos é fabricado na Argentina, mais precisamente na planta de Santa Isabel. Sai de lá com destino às concessionárias brasileiras sempre equipado com motores aspirados 1.3 Firefly de 109 cv ou 1.8 EtorQ 139 cv. Em 2020 teve 16.165 unidades emplacadas no Brasil, todas importadas do país vizinho.
Na geração passada, o hatchback de entrada da Peugeot era fabricado em Porto Real (RJ). Mas desde 2020, já em nova linhagem, o compacto passou a ser produzido na planta argentina de El Palomar, nos arredores de Buenos Aires. Chega por aqui para disputar mercado com Volkswagen Polo, Toyota Yaris e as versões mais caras do Chevrolet Onix. Tem sempre motor 1.6 aspirado de 118 cv, mas tem a promessa de ganhar motorização turbo no futuro.
Representante da Ford no segmento de picapes médias, a Ranger é produzida em General Pacheco, na grande Buenos Aires, desde 1996. É exportada para o Brasil nas carroceria de cabine simples e dupla, com variada gama de versões e duas opções de motorização (2.2 de 160 cv ou 3.2 de 200 cv, ambas turbodiesel). Vendeu no mercado nacional em 2020 cerca de 19.833 unidades, ficando em 3º lugar no segmento. Deverá mudar de geração em 2023 e continuar com produção no país vizinho.
Lançada em 2010, a Volkswagen Amarok é atualmente produzida apenas na Argentina e exportada para o mundo todo - entre 2012 e 2019 chegou a ser fabricada também em Hannover, na Alemanha, para abastecer a Europa. Chega hoje ao Brasil nas versões Highline e Extreme, sempre equipada com motor 3.0 V6 turbodiesel de 258 cv. Em 2020, vendeu 10.617 exemplares e ficou em 4º lugar na categoria. Trocará de geração e deixará de ser fabricada em Pacheco, migrando para a África do Sul.
O SUV médio Taos é o mais novo veículo fabricado em solo argentino a desembarcar no Brasil. Foi lançado há poucos meses e chegou com a missão de representar a Volkswagen em um segmento amplamente dominado pelo Jeep Compass. Fica posicionado acima do T-Cross (brasileiro) e abaixo do Tiguan (mexicano). Sob o capô, o motor é sempre 1.4 TSI de 150 cv. Assim como a Amarok, também tem montagem concentrada na unidade de Pacheco.
A picape Hilux sai da fábrica argentina de Zárate desde 1997. Nestes mais de 20 anos, acumula quase 1.500.000 unidades produzidas - a maioria exportadas para os diversos mercados da América Latina, especialmente o Brasil. Em 2020, emplacou 32.394 unidades no mercado nacional e liderou a categoria com folga. É vendida em versões de cabine simples e dupla, com motores 2.8 turbodiesel de 204 cv ou 2.7 flex de 163 cv.
Versão SUV da Hilux, o SW4 também começou a ser produzido no país vizinho no final da década de 1990. Desde então, soma mais de 250 mil unidades fabricadas - a maioria destinadas a mercados de exportação. Assim como a irmã Hilux, domina com facilidade as vendas da categoria: emplacou 9.128 exemplares em 2020, quase quatro vezes mais que o segundo colocado, Chevrolet Trailblazer. Custa a partir de R$ 252.590, chegando a salgados R$ 353.990.
O Cruze é mais um exemplo de veículo que começou a vida sendo fabricado no Brasil e, após trocar de geração, mudou para a Argentina. Depois de uma linhagem inteira produzido em São Caetano do Sul (SP), passou a sair da fábrica de Santa Fé em 2016, acumulando mais de 150 mil unidades produzidas desde então. A planta, vale lembrar, é a única que ainda fabrica o Cruze no mundo. Nos Estados Unidos e na China o sedã já saiu de linha. Por aqui, emplacou 8.802 unidades em 2020, atrás de Toyota Corolla (41.072) e Honda Civic (20.447).
Variante hatchback da família, o Sport6 é considerado um verdadeiro sobrevivente no mercado. Diante dos avanço dos SUVs, o modelo viu rivais como Ford Focus, Peugeot 308 e Volkswagen Golf deixarem o mercado. Segue à venda como representante praticamente único da categoria, tendo emplacado 3.181 unidades em 2020. Assim como o sedã, é equipado com motor 1.4 turbo de 153 cv e 24,5 kgfm de torque, sempre ligado ao câmbio automático de 6 marchas.
Assim como Peugeot 208 e Chevrolet Cruze, a Frontier também foi fabricada no Brasil antes de ganhar cidadania argentina. Foi nacionalizada em 2002 e saiu de linha na fábrica de São José dos Pinhais (PR) em 2016. Já em nova geração, passou a ser produzida na planta argentina de Córdoba em 2018. Nesse meio tempo, foi importada do México. Sob o capô, tem motor 2.3 biturbo diesel com 190 cv de potência e 45,8 kgfm de torque. Em 2020, emplacou por aqui 8.077 unidades.
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Fotos: Motor1.com e divulgação
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