Você pode falar o que quiser da Honda CG, incluindo que ela chega mais cara nas lojas do que o anunciado, que o projeto é o mesmo desde 2015 e que há rivais mais baratas. Mas não dá para brigar com os números: há décadas que ela é a moto mais vendida do Brasil e, só no primeiro semestre de 2023, acumulou 210.569 vendas dentro de um mercado total que chegou a quase 780 mil unidades. Praticamente 1 a cada 4 motos 0km vendidas por aqui é uma CG.
Entre o um nome forte com quase 5 décadas de mercado e uma rede de concessionária grande, a Honda CG 160 é quase sinônimo de moto. Hoje, para ter uma, a versão mais barata é a Start, que não traz nada além do necessário por R$ 13.280 reais sem contar o frete. Para uma versão acima, a CG 160 Fan já sai por a partir de R$ 14.570. Mas a Start vale a economia?
A Honda CG 160 Start pode não ter um preço exatamente baixo. Mas, se você faz questão de Honda, por menos que isso vai ter que se contentar com uma Biz ou um Pop 110i. Fora da marca, há opções mais em conta da Shineray ou da Haojue, com a DK 160 por exemplo. É uma das poucas que se equipara em cilindrada, mas já sai por R$ 14.794 sem frete e em promoção.
A rival mais direta é a Yamaha Factor 150, um pouco mais completa, mas com menos desempenho e saindo por a partir de R$ 14.990 sem frete. Indo com a CG Start, você tem mais desempenho e uma suspensão mais robusta, com uma dirigibilidade e capacidade de moto mesmo, sem as limitações de uma CUB como a Biz.
Com 14,9 cv de potência a 8.000 rpm e 1,40 kgfm de torque a 7.000 rpm, o motor da CG Start é o mesmo monocilíndrico refrigerado a ar das demais versões e com o mesmo câmbio de 5 marchas. Com um peso a seco de 115 kg, a Start é uma moto muito ágil no trânsito e seu propulsor permite uma ou outra viagem em estrada sem estar no absoluto limite.
Outra vantagem é que o chassi e a suspensão da Honda CG 160 Start são exatamente os mesmos de uma CG Titan por exemplo. Ou seja, a moto mantém uma postura neutra de condução e um banco relativamente largo. É uma moto muito usada para trabalho e a Honda sabe disso, então ficar horas montado na CG, mesmo que na Start, não cansa.
A suspensão está mais acertada para aguentar a buraqueira das ruas do que para fazer curvas rapidamente. Porém, como o chassi da CG é rígido o suficiente, ainda que antigo, a moto tem respostas previsíveis quando levada ao limite, mas a maciez dos amortecedores vai transparecer mais do que numa Yamaha Factor 150 por exemplo. Mas ainda é melhor que Biz e Pop, que têm menor curso de suspensão.
Sendo a moto mais vendida do Brasil há anos, a Honda CG 160 se tornou o padrão de motocicleta em nosso mercado. Seus pneus, com aro 18, são os que têm os preços mais em conta. A facilidade de se encontrar peças, originais ou paralelas, é grande. Até mesmo os freios a tambor, totalmente mecânicos na Start, dão menos manutenção.
Além disso, a Honda oferece toda a linha CG 160 com três anos de garantia. A Honda ainda oferece óleo grátis para o equivalente a 7 revisões. Mas é bom ficar atento: o óleo grátis passa a valer apenas após a sétima parada programada para manutenção em concessionária.
A Honda CG 160 Start tem simplificações até onde você não espera. Uma delas é na pintura. Além de ter só três cores (azul, vermelha ou preta), quando você escolhe uma, está escolhendo a cor apenas do tanque. Máscara do farol, tampas laterais, pára-lama dianteiro e rabeta são sempre em plástico preto.
O painel é digital, mas tem apenas velocímetro, marcador de combustível, odômetro total e um parcial. Por ser a única CG com rodas raiadas, é a única que usa pneus com câmara. Em caso de furo, murcha de uma vez. O freio a tambor dianteiro, totalmente mecânico no acionamento, exige mais força para realizar as frenagens. É aceitável em motos menores, como as próprias Biz e Pop, que mal chegam a 100 km/h. Para uma CG, ao menos um disco na dianteira seria recomendável.
Caso você more em um dos raros locais no Brasil onde vale a pena abastecer com etanol, a Honda CG 160 Start é a única que não é flex e roda apenas com gasolina. A potência e o torque são os mesmos das configurações Fan e Titan flex quando abastecido com gasolina, no entanto, perde-se 0,1 cv de potência e 0,14 kgfm quando comparado ao etanol.
A perda de desempenho beira o irrelevante, mas não ser flex nos leva a mais uma economia da Honda na CG Start. O tanque de combustível tem um desenho mais simples e sem aletas laterais como nas Fan e Titan. Como não vai rodar com etanol, a montadora deu à Start um tanque menor, com 14,6 litros, ao invés dos 16,1 litros das opções flex. Para quem fica muito tempo na rua com a moto, as visitas mais frequentes ao posto para abastecer podem fazer diferença.
A própria Honda admite que a versão mais vendida da CG 160 não é a Start. A opção mais barata é mais escolhida por quem entra pelos planos de consórcios. Estes sim, buscando o menor valor de parcela possível. A que vende mais é a Fan, seguida pela Titan. Não é à toa, com a diferença de preço nem tão grande assim entre Start e Fan, leva-se uma moto flex, com rodas de liga leve, freio a disco dianteiro, painel mais completo e até mais peças pintadas.
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