A Honda anunciou a nova geração da PCX ainda em setembro. No papel, a novidade compartilha 37% dos componentes com o modelo antigo, apesar de usar um novo motor, novo chassi, novas carenagens e ciclística revisada. A moto ganhou mais itens de série, principalmente na versão de entrada e a marca prometeu desempenho e consumo melhores.
No entanto, apenas agora o Motor1.com Brasil conseguiu andar nesta nova Honda PCX 2023, agora acompanhada pelo sufixo 160. As promessas eram grandes e a moto ainda precisava se provar, até porque seu preço ficou mais alto e a versão de entrada parte de R$ 15.460. Será que ela justifica o valor mais elevado?
Começando pelo visual, a nova Honda PCX 160 2023 recebeu alterações em todas as suas carenagens. Faróis renovados e lanterna redesenhada completam o pacote. As rodas também mudaram de desenho. O painel também foi revisto, ficando maior priorizando a visibilidade para o condutor.
Sob as carenagens repaginadas, a nova Honda PCX 2023 está utilizando um novo chassi. E por novo, a marca diz não ter aproveitado nada do antigo. Ele está mais rígido e usando menos travessas, o que teria reduzido seu peso em cerca de 700 gramas. A Honda ainda diz que o novo chassi deve melhorar a agilidade e o conforto da scooter, além de reduzir o nível de vibrações, algo que ainda é reforçado por novas buchas de borracha instaladas entre o guidão e a mesa da suspensão dianteira.
Enquanto a roda dianteira permanece de 14 polegadas, a traseira foi reduzida para 13 polegadas, enquanto ambas receberam pneus de novas medidas, 110/70 e 130/70 (Pirelli Rosso Scooter), respectivamente. Com essa alteração, a Honda afirma que a nova PCX 160 2023 teve a capacidade do bagageiro sob o assento ampliado de 28 para 30 litros. Outra alteração no campo da comodidade foi a tomada de carregamento de aparelhos que fica no porta-trecos frontal. Antes em formato 12V, agora é uma tomada USB propriamente dita.
Entre as mudanças na lista de itens de série, a versão CBS recebeu as maiores melhorias. Todas as configurações passam a contar com iluminação completa por lâmpadas de LED, chave presencial e alarme. Nas versões ABS e ABS DLX, além do freio antitravamento, o controle eletrônico de tração passa a ser item de série, assim como freio a disco na roda traseira. A CBS permanece com tambor atrás.
Sai de cena o 150 (149,3 cm³) e entra o novo 160 (156,9 cm³), que ainda deve equipar a nova ADV. Ele recebeu melhorias como o aumento da taxa de compressão, passando de 10,6:1 para 12,0:1. Permanece com arrefecimento líquido e comando simples no cabeçote. Porém, usa 4 válvulas, não 2, e isso muda a característica do propulsor.
A potência, por exemplo, passou de 13,2 cv a 8.500 rpm para 16 cv a 8.500 rpm. Já o torque foi de 1,38 kgfm a 5.000 rpm para 1,5 kgfm a 6.500 rpm. Nos mesmos 5.000 rpm de antes, o novo propulsor já entrega mais torque que o antigo. Ele continua usando o sistema start/stop em todas as configurações, chamado pela empresa de Idling Stop. De olho nas regras de emissões Promot 5, ainda ganhou um escapamento mais eficiente.
O câmbio permanece sendo automático do tipo CVT, com relações continuamente variáveis. A PCX 2023 também recebe o eSP+, sistema que estreou por aqui na Forza 350. Ele compreende uma série de medidas para o aumento de eficiência do propulsor 160, incluindo a redução dos atritos internos entre elas.
A Honda ainda divulgou alguns dados de consumo e desempenho aferidos pelo Instituto Mauá. A velocidade final real da PCX 150 era de 99 km/h, número que passou para 111 km/h com a nova PCX 160 2023. Em termos de consumo, a nova scooter faz 44,53 km/l em uso urbano.
Na parte ciclística, poucas medidas mudaram, apesar do novo chassi. Uma das alterações foi na instalação dos 2 amortecedores traseiros, que agora estão mais na vertical. Eles permanecem usando molas de 3 estágios e o curso ainda é de 100 mm. Na dianteira continua o garfo telescópico com 100 mm de curso também.
Na versão CBS, o freio a disco dianteiro de 220 mm e pinça de 3 pistões, enquanto as ABS têm 2 pistões e disco de mesma medida. A primeira tem acionamento combinado dos freios e as demais (ABS e ABS DLX) usam ABS de fato e ganham freio a disco na traseira também de 220 mm de diâmetro. A CBS usa tambor na traseira.
A Honda declara um peso a seco de 124 kg para a PCX 160 CBS e de 126 kg para a ABS e a ABS DLX. O tanque permanece acomodando 8 litros de gasolina e, entre as principais medidas, a moto da Honda tem 1.935 mm de comprimento, 742 mm de largura, 1.108 mm de altura e 1.313 mm de entre-eixos. O assento ficou um pouco mais baixo, ficando a 764 mm do chão, enquanto o vão livre em relação ao solo é de 134 mm.
À primeira vista, a nova PCX nem parece ter mudado tanto. A linguagem visual da scooter permanece muito similar à geração anterior. Mas alguns detalhes são mais interessantes. A cara da moto ficou mais séria e olhando o espaço para os pés, percebe-se que ele está mais plano e há uma curvatura para dentro do chassi criando uma largura maior para acomodar os pés.
A posição de pilotagem mudou bem pouco, com a moto trazendo uma ergonomia relaxada. Com meus 1,72 m, é possível manter um pé bem firme no chão a todo momento. Um ponto positivo da nova geração é o painel, maior e mais inclinado para o condutor, que facilita a visualização das informações mesmo embaixo de sol forte. No escudo frontal, o porta-trecos agora acomoda tranquilamente uma garrafa d'água de 500 ml, além de oferecer a tomada 12V padrão USB-C. Sob o banco, o espaço pode ter ganhado apenas dois litros, mas já foi o suficiente para acomodar um capacete integral sem dificuldade e ainda sobrar um espaço para itens menores.
O contato com a nova Honda PCX 160 2023 aconteceu em Santos (SP), cidade litorânea que, apesar de plana, ainda tem pavimentação por paralelepípedos e asfalto bem ruim. Foi nesse momento que a nova suspensão da scooter brilhou. Ainda é bastante firme na comparação com uma moto convencional, até porque há limite no que é possível fazer com apenas 100 mm de curso mesmo que o pneu maior ajude. Mas as pancadas mais secas ficaram no passado. Além disso, em ondulações sequenciais, a moto não passa mais a impressão de que a roda traseira está saindo do chão.
Todas essas evoluções da PCX 2023 você percebe em 5 minutos, literalmente. Mas o novo motor 160 é o que realmente chama a atenção. Quando o Motor1.com avaliou a PCX 150 antiga, observamos que o propulsor menor respondia bem em baixa, mas perdia fôlego em velocidades altas e rotações elevadas.
Agora, não há nem como comparar as duas gerações. O motor com 4 válvulas ao invés de apenas 2 faz com que a nova geração responda muito mais rápido nas arrancadas e saídas de farol. Se antes o inimigo da PCX era a estrada, com a moto mal respondendo acima de 90 km/h, a nova PCX 160 permanece "empurrando" para além disso.
Nessa faixa entre 80 e 90 km/h, a scooter da Honda agora consegue responder ao acelerador com um pouco de fôlego extra ainda. Em termos de consumo, o computador de bordo da moto testada acusou 43,7 km/l em uso urbano, bem próximo ao divulgado. Após um trecho de estrada, já caiu para 39,5 km/l, fenômeno esperado para qualquer moto de baixa cilindrada.
No final das contas, nunca é agradável quando uma moto sobe de preço. Mas é pior ainda quando encarece e não muda, ou não entrega algo a mais para justificar o aumento. No caso da nova PCX 160, a evolução entregue vale mais que o acréscimo de preço. E a Honda que não me escute, mas a PCX agora está bem mais parecida com a Yamaha NMax do que nunca.
configuração mais barata permanece sendo a CBS, que agora parte de R$ 15.460 com o motor 160 (anteriormente custava R$ 14.690) somente na cor . Já a versão ABS está saindo agora por R$ 17.000 (era R$ 16.300) e nova opção topo de linha é a DLX, custando R$ 17.400 (era R$ 16.740). Vale lembrar que todos os valores têm como base o Distrito Federal e não levam em consideram os custos de frete e seguro.
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