Com a (grande) subida de preços dos automóveis no Brasil, o segmento de sedãs compactos ganhou mais destaque. Com os médios bem mais caros, acabaram sendo substituídos pelos menores, mas mais completos do que no passado. Entre os japoneses, o Civic saiu e entrou o novo Honda City; Nissan Versa ocupa o lugar do aposentado Sentra, enquanto o Toyota Yaris Sedan ganhou uma leve reestilização no início de 2022 e tornou-se uma opção ao Corolla.
Neste comparativo, reunimos as versões topo de linha dos três sedãs compactos japoneses à venda no mercado brasileiro: Honda City Touring, Nissan Versa Exclusive e Toyota Yaris Sedan XLS. O sedã da Honda está em sua nova geração, enquanto o da Nissan estreou sua segunda geração em 2020, ainda atual. Por fim, o Toyota foi reestilizado recentemente, mas conta com o projeto mais antigo, com nada menos que uma década. Qual a melhor escolha do trio nipônico?
Espaço e praticidade
Quando pensamos em carro familiar, logo vem à cabeça os sedãs. Foram idealizados exatamente para atender esta proposta, embora os SUVs tenham abocanhado uma boa parcela deste público nos últimos anos. E quando falamos do trio deste comparativo, cada um deles busca seu público, que em parte é fiel as montadoras, principalmente pelo pós-vendas e confiabilidade do conjunto mecânico e valorização na hora da troca.
Todos contam com bom espaço interno e praticidade, porém cada um deles acaba se saindo melhor que o outro em alguns quesitos. O Yaris Sedan foi o último a ser renovado na turma, mas ficou apenas com uma mudança visual principalmente na dianteira. Por não ser uma nova geração, o sedã da Toyota manteve as medidas, as menores do comparativo, com 4,42 metros de comprimento, contra 4,49 m do Versa e 4,54 m da nova geração do City.
O Yaris Sedan também perde na largura (1,73 m contra 1,74 m dos outros dois) e na distância entre-eixos de apenas 2,55 m, fator que implica diretamente no espaço interno. No City são 2,60 m, enquanto no Versa são 2,62 m, o maior da categoria. A vantagem para o Yaris fica no piso plano na segunda fileira, que ajuda no conforto do terceiro ocupante no banco traseiro, mas nem tudo são flores. A caída acentuada do teto acaba limitando o espaço para cabeça para pessoas com mais de 1,80 m de altura e tanto a largura da cabine quanto o espaço para joelhos são os menores ante os dois concorrentes, reflexo de um projeto mais antigo.
No Versa, apesar de ainda manter um bom espaço interno, os ocupantes do banco traseiro não têm mais aquele espaço do anterior, seu principal destaque, sobretudo por conta dos bancos maiores (inclusive assento traseiro) e do maior espaço dado a quem vai sentado na frente e pelo painel mais pronunciado. É menor, mas bem mais confortável que o antigo.
No entanto, o espaço para os joelhos na segunda fileira do Nissan ainda é muito bom. Os bancos são bem confortáveis (na dianteira, os mesmos “Zero Gravity” do Kicks) e numa padronagem que pode ser o belo tom de creme como nas fotos – que exige maior cuidado na limpeza - ou preto com detalhes em cinza. Mas engana-se quem acha que o maior espaço interno fica para o Versa.
O sedã mais espaçoso do comparativo é o City, isso graças a configuração feita pela Honda na cabine do sedã, que aproveitou bastante dos seus 2,60 m de entre-eixos. Os bancos são também muito confortáveis, com bom apoio lombar e com o melhor apoio lateral entre os três, enquanto que no banco traseiro, uma pessoa de 1,85 m viaja com bastante folga, com bastante espaço para os joelhos e piso quase plano. Interessante notar que o encosto do banco traseiro traz uma boa inclinação, assim como no Versa, mas é notável como o assento do City é o que melhor apoia as pernas entre os três.
No porta-malas, o trio também está bem servido, afinal são sedãs e é isso que esperamos. O maior é o do City com 519 litros de capacidade, seguido do Versa com 482 litros e do Yaris e seus 473 litros. O maior acesso ao compartimento de bagagem fica para o Nissan, que se prolonga bastante até o para-choque, com o City se destacando logo em seguida. Já o Yaris Sedan tem uma maior curvatura na tampa, o que dificulta um pouco.
Vantagem: Honda City
Acabamento e equipamentos
No acabamento, é comum a maioria dos sedãs compactos da categoria contarem com plástico rígido em toda a cabine. No trio deste comparativo, não tem como deixar de falar da qualidade superior do Honda City Touring, que mantém plástico na maior parte do interior, mas que se destaca pelo material de boa qualidade e com bons encaixes, sem ter aquele excesso de brilho ou reflexos no painel. Tem até uma faixa espumada no lado direito do painel revestida em material que imita couro (também presente no console e nas portas), enquanto os bancos têm boa densidade e não cansam mesmo em longos períodos.
No Versa, a cabine chama a atenção nessa unidade por contar com acabamento claro, uma das duas opções ofertadas para o sedã. Assim como o City, combina o plástico rígido com espuma numa faixa central do painel que é consideravelmente maior no Versa, somando ainda acabamento em creme e preto, o que reflete em um ar refinado para o sedã. Porém, tanto o revestimento dos bancos quanto o material da cabine ficam um pequeno degrau abaixo do City.
O Yaris Sedan, mesmo renovado, não consegue disfarçar ser um projeto mais antigo. Embora lançado no Brasil em 2018, o Yaris comercializado por aqui deriva diretamente do modelo voltado a países emergentes e que estreou no mercado do sudeste asiático em 2013, conhecido pelo código XP150 e que usa a plataforma do antigo Etios.
Ou seja, o sedã e sua base de quase uma década mostra os sinais da idade com o plástico rígido em quase toda a cabine (com exceção dos descansa-braço nas portas) e imitação de costura em cima do painel, inferiores aos seus oponentes aqui. Ao menos há revestimento de couro no volante e nos bancos, este último com costuras brancas e acabamento perfurado nos encostos.
Na lista de equipamentos, o City Touring é o único a contar com saídas de ar para o banco traseiro, piloto automático adaptativo, sistema multimídia com espelhamento de smartphone sem o uso de cabos e partida à distância. O sedã da Honda soma ainda botão de partida do motor, chave presencial, rodas de liga-leve aro 16”, ar-condicionado digital automático, câmera de ré, sensores de estacionamento dianteiro e traseiro, painel de instrumentos com tela digital parcial de 7” configurável inspirado no Accord, assistente de partida em rampas e retrovisor fotocrômico.
É exclusividade o LaneWatch, um assistente de redução de ponto cego que usa uma câmera no retrovisor direito para mostrar imagens da lateral do carro ao motorista. A lista é completa pelos bancos em couro, lanternas e faróis full-LED, inclusive os de neblina. Na cabine, o City traz duas saídas USB frontais, nicho abaixo do multimídia para guardar o celular e saída 12V para o banco traseiro, devendo as conexões USB para a segunda fileira.
A relação de equipamentos do Versa Exclusive até que é equilibrada, mas peca em não ter recursos básicos como vidros elétricos com função um toque e nem sequer iluminação nos botões, ambos presentes apenas para o vidro do motorista, uma economia que não faz sentido em um carro desta faixa de preço. Apesar disso, ele ainda vem com uma boa lista de itens de série na versão topo de linha, à exemplo do painel digital parcial com tela de 7” do lado esquerdo, ar-condicionado digital automático, faróis full-LED (os de neblina são halógenos), bancos em couro, e chave presencial para acesso e partida.
Soma ainda sensor de estacionamento traseiro, sensor de ponto cego (o único a trazer o recurso), assistente de partida em rampas e piloto automático tradicional, rodas de liga-leve de 17", além de uma entrada USB na dianteira e duas conexões para quem vai sentado no branco traseiro, que ficam ao final da porção superior do console central. Faz falta mesmo o retrovisor interno fotocrômico e o rebatimento elétrico dos retrovisores laterais, algo que o City Touring e o Yaris Sedan trazem.
O Yaris Sedan XLS, dentre os três, somente ele vem equipado com teto solar elétrico de série, vindo também com faróis full-LED (inclusive as luzes de neblina), ar-condicionado automático digital, rodas de liga-leve de 15", chave presencial para acesso e partida e três entradas USB, sendo uma dentro do descansa braço central (que mal cabe um smartphone moderno) e duas conexões voltadas para o banco traseiro.
Assim como o City e Versa, o Yaris Sedan também soma faróis com acendimento automático, repetidores de seta nos retrovisores, assistente de partida em rampa e partida do motor por botão. Dos três, o painel de instrumentos do Yaris é o único analógico com uma pequena tela de TFT para o computador de bordo, enquanto o volante com regulagem somente com em altura denuncia a idade do projeto.
Vantagem: Honda City
Conectividade e segurança
Em comum, os três sedãs contam com airbags frontais, laterais e de cortina, mas somente o Yaris Sedan tem airbag para o joelho do motorista, totalizando 7 airbags contra 6 do City e Versa. Controles de estabilidade e tração e sistema Isofix de fixação e cadeirinhas infantis também é algo comum no trio de sedãs japoneses. Todos contam com câmera de ré, mas a do City tem uma resolução que deixa a desejar para um projeto tão moderno.
Em contrapartida, o City leva o pacote de segurança ativa a um outro nível ao contar com o Honda Sensing, que agrega piloto automático adaptativo com sistema de alerta de colisão frontal com frenagem automática de emergência e detecção de pedestres, além de assistente de manutenção em faixa (mantém o carro dentro da faixa de rolagem, inclusive virando o volante em curvas), além de farol alto automático.
O Versa conta com alerta de colisão frontal com frenagem automática, sendo o único a contar com câmera de visão 360 graus com detector de objetos em movimento, monitor de ponto cego e alerta de tráfego traseiro cruzado – esse último bastante útil em saídas de vagas de estacionamento em locais movimentados, como shoppings ou supermercados. O Yaris Sedan traz somente alerta de saída de faixa e aviso de colisão frontal, que emite um alerta sonoro e fornece uma carga extra no sistema de frenagem quando identifica uma situação de possível colisão.
Em relação ao sistema de entretenimento, o trio conta com os habituais sistema de espelhamento Android Auto e Apple CarPlay em suas respectivas centrais multimídia, mas apenas o City permite a conexão sem o uso de cabos. Apesar do layout um tanto genérico que acaba quebrando um pouco do refinamento buscado pelo sedã da Honda, sua central multimídia com tela de 8” é a que tem a melhor operação. Versa e Yaris contam com telas de 7", com o primeiro trazendo o sistema mais antigo e sendo o único com navegação por GPS nativo, enquanto o Yaris traz um layout bem resolvido, apesar de no uso diário ter mostrado um pouco de lentidão.
Vantagem: Honda City
Ao volante
Dirigindo, fica evidente as propostas de cada um, apesar de todos contarem com motores aspirado em vez do turbo usados pelos os rivais Volkswagen Virtus, Chevrolet Onix Plus e Hyundai HB20S. Começando pelo Toyota Yaris Sedan XLS, traz motor 1.5 flex que rende até 110 cv de potência e 14,9 kgfm de torque, sempre equipado com um câmbio automático CVT que simula 7 marchas. Na linha 2023 lançado no início deste ano, ganhou os modos de condução Eco e Sport, além da recalibração para as novas normas de emissões.
O Versa Exclusive mantém o conhecido motor 1.6 flex aspirado de 114 cv e 15,5 kgfm de torque, também com transmissão automática CVT que simula 6 marchas. Vale reforçar que a unidade testada é um modelo pré-Proconve L7, ou seja, não traz as atualizações feitas a partir de janeiro de 2022. A Nissan também não revelou se o Versa atualizado para atender a nova norma de emissões teve sua potência reduzida.
No caso do Honda City, ele traz um motor 1.5 aspirado flex mais modernom com injeção direta, que entrega a maior força entre os carros deste comparativo: rende até 126 cv e 15,8 kgfm de torque. A transmissão também é automática e CVT, que aqui tem simulação de 7 marchas. Ao volante, o City Touring tem uma tocada equilibrada e responde bem em baixas rotações, apesar do motor 1.5 gostar de trabalhar também em altos giros – com ruídos que acabam invadindo a cabine.
Na aceleração de 0 a 100 km/h, o Honda obteve o melhor tempo: 11,2 segundos, pouco à frente do Versa (11,5 s) e mais distante do Yaris Sedan (11,9 s). A retomada de 80 km/h a 120 km/h também mostrou seu bom desempenho, com 7,9 s contra 8,9 s do Yaris e 9,1 s do Versa, que teve o melhor tempo na aceleração de 0 a 60 km/h (5,2 segundos). Além do bom desempenho, se engana quem acha que o seda Honda é “gastão”. O City teve médias de 8,9 km/litro na cidade e 13,3 km/l na estrada, todos com etanol neste comparativo.
Basta usar o modo Sport ou o tradicional no City para ter desempenho mais satisfatório, com o modo Econ deixando o carro mais anestesiado e com respostas do acelerador mais lentas. O City se destaca pela posição mais baixa de dirigir e a que mais encaixa o corpo no banco. Do trio, a suspensão fica no meio termo entre conforto e estabilidade, fora que é inegável dizer que o carro ostenta bastante solidez na rodagem. No uso na cidade o único cuidado é na passagem por valetas, onde a frente mais bicuda costuma raspar com mais facilidade.
Ao Versa Exclusive, o motor 1.6 ainda dá conta do recado, se mostrando um motor eficiente, apesar do pior consumo na cidade entre os três. Vale ressaltar que, assim como no SUV Kicks, o motor 1.6 e o câmbio CVT trabalham de forma bastante afinada, sem que o motor faça muito barulho no uso cotidiano. Caso você precise de mais força em uma retomada, por exemplo, o barulho do motor vai invadir um pouco a cabine e a caixa CVT vai simular as 6 marchas somente em altas rotações, pois aqui não há trocas manuais – ao contrário do City e Yaris Sedan, que possuem até paddle shifts no volante.
Mas vale dizer que mesmo sem ter as borboletas no volante (o mesmo do Kicks, tendo a mesma boa pegada), o Versa é disparado o modelo do trio com a direção melhor calibrada, sendo leve em manobras e mais firme em velocidades de cruzeiro, com bastante progressividade. Chama a atenção por ser bem direta e com a melhor comunicabilidade entre os três, dando ao Versa uma tocada mais dinâmica, principalmente em curvas mais fechadas.
Ponto positivo ainda para o acerto da suspensão mais firme, que ainda assim é confortável sem ser “molenga”, embora essa versão venha equipada com rodas de 17" com pneus de perfil mais baixo. O que acaba ajudando na dirigibilidade e agilidade do Versa é o seu peso de apenas 1.137 kg, apesar de seu porte.
No Yaris Sedan, o motor 1.5 flex é o que oferece menor força: são entregues até 110 cv de potência e 14,9 kgfm de torque, também sempre com transmissão automática CVT, que simula 7 velocidades. Sua configuração é totalmente voltada ao conforto, foco do Yaris desde que chegou ao mercado brasileiro em 2017 e uma das características que acabaram agradando aos órfãos do antigo Corolla, achando no Yaris Sedan uma alternativa mais acessível, embora menos refinada, ao sedã médio.
Nessa atualização para a linha 2023, os modos de condução Eco e Sport mudam bastante o comportamento do sedã. No Eco as respostas do acelerador são mais lentas e o câmbio CVT trabalha em baixas rotações, enquanto que na Sport o carro fica mais ligado – e consequentemente mais ruidoso com o câmbio “trocando marchas” em altas rotações.
A posição de dirigir é disparada a mais alta dos três, enquanto o volante sem ajuste de profundidade acaba dificultando para achar a melhor posição atrás da direção para quem é mais altos - os braços ficam esticados ou os joelhos ficam mais dobrados, você decide. O que vai agradar é o ajuste de suspensão mais confortável dos três, algo sempre bem-vindo em um carro familiar, ajudado pelas rodas aro 15" com pneus 185/60.
No resumo, o Versa acaba levando esse quesito por uma margem apertada frente ao City. Mesmo lançado há dois anos, o sedã da Nissan se destaca pela boa base e o acerto dinâmico nesta geração, combinando na medida certa o prazer ao dirigir e o conforto a bordo.
Vantagem: Nissan Versa
Compra e manutenção
Na ponta do lápis, o Yaris Sedan XLS é o que tem o menor preço de tabela entre o três, custando R$ 117.590 ante os R$ 122.490 do Versa Exclusive e R$ 125.000 do City Touring. Com isso, o sedã da Toyota é R$ 7.410 mais barato que o da Honda, uma vantagem para o menor e mais antigo dos três.
Revisões | Honda City Touring 1.5 CVT | Nissan Versa Exclusive 1.6 CVT | Toyota Yaris Sedan XLS 1.5 CVT |
10.000 km/1 ano | R$ 373,05 | R$ 474,00 | R$ 386,80 |
20.000 km/2 anos | R$ 577,03 | R$ 687,00 | R$ 783,00 |
30.000 km/3 anos | R$ 757,75 | R$ 474,00 | R$ 606,00 |
40.000 km/4 anos | R$ 1.623,37 | R$ 687,00 | R$ 1.101,00 |
50.000 km/5 anos | R$ 653,78 | R$ 474,00 | R$ 606,00 |
TOTAL | R$ 3.984,98 | R$ 2.796,00 | R$ 3.482,80 |
Quando vamos para as revisões, o pacote mais barato é o do Nissan Versa, que fica R$ 1.188,98 mais barato que o City ou R$ 686,80 a menos que o Yaris Sedan. O City tem mão de obra gratuita nas duas primeiras revisões, enquanto o Versa já inclui o valor no pacote - e mesmo assim consegue ser mais em conta. No Yaris Sedan, a 1ª revisão é gratuita se realizada dentro do período de 12 meses ou quando atingir 10 mil km (o que ocorrer primeiro). Por fim, City e Versa tem garantia de 3 anos, com o modelo da Nissan trazendo o menor custo de revisão no período. O Yaris Sedan é o único com 5 anos de garantia.
Vantagem: Empate entre Toyota Yaris e Nissan Versa
Conclusão
Entre os sedãs japoneses deste comparativo, você terá conforto em todos eles, o que é primordial num veículo familiar. A questão é que, apesar do Yaris Sedan XLS ter o menor preço aqui, ele é o dono do projeto mais antigo, com menor espaço interno para quem vai sentado atrás, sendo também o mais estreito na cabine. Por outro lado, ele segue como o modelo que faz o papel de Corolla para quem não conseguiu acompanhar a escalada de preços de uns anos para cá, se apoiando ainda na reputação da Toyota.
O Versa Exclusive tem a seu favor o design ainda atual e o mais acertado entre os três, mesmo depois de dois anos de seu lançamento, chamando a atenção principalmente pela carroceria pintada de vermelho Scarlet com interior claro e as rodas de 17" dessa unidade. Joga a seu favor ainda a melhor dirigibilidade, sendo o sedã mais prazeroso de se estar atrás do volante, com qualidade de rodagem próxima ao de um sedã médio. O espaço também é um de seus predicados, embora por pouco não seja mais aquela “sala de estar” ambulante que fez sua fama na 1ª geração.
Por outro lado, o Honda City Touring contra-ataca com seu ótimo aproveitamento de espaço interno e motor eficiente, que soma boa força e economia de combustível – tão importante em tempos de gasolina superando os R$ 7,00. E embora seja o mais caro dos três, é também o mais equipado e o único a ter piloto automático adaptativo, recurso que o joga para um nível acima. Apesar do preço de R$ 125 mil, é o City que mais entrega pelo que custa.
O Versa até entrou com vontade nessa briga e oferece uma condução mais afinada, apesar do motor menos potente e a ausência de alguns itens. Se for apenas pelo preço, tem o Yaris Sedan. Mas inegável a vitória para o novo sedã da Honda. Independentemente de qual for ocupar sua garagem, a família estará bem acolhida em ambos.
Fotos: Mario Villaescusa (para o Motor1.com)
Agradecimento: Morumbi Shopping
Fichas técnicas
Honda City Touring | Nissan Versa | Toyota Yaris Sedan | |
MOTOR | dianteiro, transversal, 4 cilindros, 16 válvulas, 1.497 cm3, comando duplo com variador na admissão, injeção direta, flex | dianteiro, transversal, quatro cilindros, 16 válvulas, 1.598 cm3, comando duplo variável, flex | dianteiro, transversal, quatro cilindros, 16 válvulas, 1.496 cm3, comando duplo variável, flex |
POTÊNCIA/TORQUE | 126 cv a 6.200 rpm; 15,5/15,8 kgfm a 4.600 rpm | 114 cv a 5.600 rpm; 15,5 kgfm a 4.000 rpm | 105/110 cv a 5.600 rpm; 14,3/14,9 kgfm a 4.000 rpm kgfm |
TRANSMISSÃO | automático tipo CVT com simulação de 7 marchas; tração dianteira | automático tipo CVT com simulação de 6 marchas; tração dianteira | automático tipo CVT com simulação de 7 marchas; tração dianteira |
SUSPENSÃO | McPherson na dianteira, eixo de torção na traseira; rodas de 16" com pneus 185/55 R16 | McPherson na dianteira, eixo de torção na traseira; rodas de 17" com pneus 205/50 R17 | McPherson na dianteira, eixo de torção na traseira; rodas de 15" com pneus 185/60 R15 |
FREIOS | discos ventilados na dianteira e tambor na traseira | discos ventilados na dianteira e tambor na traseira | discos ventilados na dianteira e tambor na traseira |
PESO | 1.170 kg em ordem de marcha | 1.137 kg em ordem de marcha | 1.150 kg em ordem de marcha |
DIMENSÕES | comprimento 4.549 mm, largura 1.748 mm, altura 1.477 mm, entre-eixos 2.600 mm | comprimento 4.495 mm, largura 1.740 mm, altura 1.475 mm, entre-eixos 2.620 mm | comprimento 4.425 mm, largura 1.730 mm, altura 1.490 mm, entre-eixos 2.550 mm |
CAPACIDADES | tanque 44 litros, porta-malas 519 litros | tanque 41 litros, porta-malas 482 litros | tanque 45 litros, porta-malas 473 litros |
PREÇO | R$ 125.000 (Touring) | R$ 122.490 (Exclusive) | R$ 117.590 (XLS) |
MEDIÇÕES MOTOR1 BR (etanol) | ||||
---|---|---|---|---|
Honda City | Nissan Versa | Toyota Yaris Sedan | ||
Aceleração | ||||
0 a 60 km/h | 5,4 s | 5,2 s | 5,5 s | |
0 a 80 km/h | 7,8 s | 7,7 s | 8,2 s | |
0 a 100 km/h | 11,2 s | 11,5 s | 11,9 s | |
Retomada | ||||
40 a 100 km/h em S | 8,8 s | 8,6 s | 8,6 s | |
80 a 120 km/h em S | 7,9 s | 9,1 s | 8,9 s | |
Consumo | ||||
Ciclo cidade | 8,9 km/l | 8,0 km/l | 8,5 km/l | |
Ciclo estrada | 13,3 km/l | 12,2 km/l | 11,7 km/l |