O mercado premium está de olho na eletrificação. Por exemplo, mesmo nem um pouco baratos, Volvo XC40, Audi e-tron e Porsche Taycan aparecem entre os 100% elétricos mais vendidos do Brasil. Mas ainda há espaço para modelos a combustão e, ainda mais, com motores diesel? Para a Mercedes-Benz, sim. Um exemplo é o GLE 400d, o SUV grande da alemã.
E não há outra opção de motor para ele, seja com carroceria tradicional ou a cupê - isso sem contar as versões da AMG, obviamente. O GLE 400d está com o 2.9, seis cilindros em linha, turbodiesel, com 330 cv e 71,4 kgfm de torque, o OM656. No exterior, até tem o sistema híbrido-leve de 48 volts, mas não chegou ao nosso mercado.
Dá para entender o cliente que compra o GLE 400d. Em seus 4,92 m de comprimento, ele é imponente. Em design, a dianteira ostenta a estrela da marca em uma enorme grade cromada. Os faróis fullLED dão o toque de modernidade - e remete ao irmão maior, o GLS. É imponente, uma frente alta. Na traseira, as lanternas também em LEDs são bonitas e finas. No contexto geral, é um SUV imponente e bonito, sem exageros visuais, inclusive cromados nos lugares certos. As rodas de 20" parecem até pequenas no GLE.
Por dentro, o GLE 440d tem o que já conhecemos dos demais Mercedes-Benz. Materiais muito bons, como couro, alumínio e madeira, e uma mistura entre luxo e modernidade. Ao mesmo tempo em que tem um painel de instrumentos digital, ele simula os mostradores tradicionais, assim como o sistema multimídia MBUX tem tela sensível ao toque e comandos por voz, mas mantém um comando tátil no console central. O sistema de som está assinado pela Burmester.
Em 2.935 mm do entre-eixos, obviamente que tem um grande espaço interno. No banco traseiro, é digno para colocar os 3 ocupantes com tranquilidade e conforto, numa boa. Tem a terceira fileira, para dois ocupantes, mas é o de sempre: parece ter espaço, mas é bem limitado e serve para rápidas caronas ou viagens, e que os ocupantes não sejam muitos altos para não chegar ao destino sem joelhos.
Ao volante, o GLE 440d é um legítimo SUV da Mercedes-Benz. Anda sobre uma suspensão tradicional, com molas helicoidais, com um foco no conforto. É um transatlântico pelo asfalto, mas bate seco em buracos mais profundos, mas é algo que já virou comum nos Mercedes-Benz. O motor turbodiesel funciona quieto, suave e nem parece mesmo em rotações mais altas. As trocas de marchas nem são sentidas, como já sabemos desse câmbio automático de 9 marchas da marca. Não espere emoção, apesar de acelerar de 0 a 100 km/h em 6,5 segundos.
Mas é um SUV grande. Na cidade, suas dimensões são exageradas. Na estrada, uma boa opção. Todo esse conforto se une ao consumo do motor turbodiesel, que em nosso teste marcou 12,5 km/litro - ou seja, uma autonomia de 1.060 km no grande tanque de 85 litros. Mesmo na cidade, foram 9,3 km/litro, ou 790 km. Junte isso ao conforto e os sistemas autonômos e tenha uma experiência de viajar longas distâncias sem precisar parar.
O Mercedes-Benz GLE 400d vai cobrar por isso tudo: R$ 722.900. É a única opção do mercado turbodiesel e concorre com uma turma já híbrida, como o BMW X5 (R$ 627.950, com 5 lugares) e o Volvo XC90, que parte de R$ 499.950 também híbrido plug-in. Vive sozinho no seu mundo, mas bem que a marca poderia ter uma opção híbrida nesse jogo, que existe na Alemanha também diesel.
Fotos: Mario Villaescusa (para o Motor1.com)
Mercedes-Benz GLE 400d SUV
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