Desde que foi lançado, o desejo de nossos colegas americanos pelo McLaren 720S era praticamente universal. Mas na maior parte das vezes, testaram o foguete de motor central e 720 cv em estradas desconhecidas e pistas de corrida. Em qualquer avaliação, seja de um subcompacto ou hipercarro, passar por locais conhecidos do dia a dia e ficar mais que algumas horas ao volante é importante para ter um entendimento melhor sobre o carro. É por isso que esperamos para dar um julgamento final a dirigibilidade ou usabilidade de um carro no mundo real, com consumo de combustível e comportamento nos buracos (das ruas americanas), por exemplo.
Agora eles tiveram a oportunidade dupla de andar com o 720S. No escritório de Miami, estava a versão fechada, enquanto os editores Brandon Turkus e o editor-chefe global, John Neff, ficaram com a versão Spider. E depois de conhecer como este McLaren se comporta no caminho para casa, aqui estão as suas opiniões. De fato, uma coisa é independente de onde ele foi utilizado: ele é muito popular.
Tive a oportunidade de dirigir o McLaren 720S Spider, mas acho que isso não faz tanta diferença. Não sou um fã de conversíveis e o 720S Spider tem teto rígido, o transformando praticamente em um coupé quando fechado.
Além disso, o grande atrativo do 720S, independente do tipo de teto, é seu desempenho. Este McLaren fez com que eu recalibrasse minhas definições de rápido, potente e emocionante quando falamos sobre carros. De fato, fui obrigado e levar alguns membros da família para que eles também sentissem a linearidade da aceleração do 720S.
Mas mais chamativo que a performance do 720S é sua capacidade de ser utilizado no dia a dia, por incrível que pareça. Já tive a oportunidade de dirigir seis supercarros em minha carreira e estava esperando diversos impedimentos por estar ao volante desta máquina. Pelo contrário, o 720S tem uma relativa facilidade para entrar e sair, além de controles fáceis de serem operados e um comportamento surpreendente na estrada.
O 720S tem três modos de condução: Comfort, Sport e Track. O Comfort faz a diferença e é o grande responsável em contribuir com a civilidade desta carro. Neste modo, a suspensão, que foi desenhada para ser firme e comunicativa no modo Track, é totalmente maleável. Não é um Cadillac, mas é a melhor de um supercarro que eu já experimentei.
Este fator de conforto me fez querer estar sempre ao volante quando possível enquanto estava com o 720S, o que foi bom. O que não é tão bom é o quanto ele é chamativo pelas ruas. Primeiro, que o 720S faz questão de se anunciar para a vizinhança inteira durante a partida e é bem barulhento em uso. Uma vez que o ronco chama a atenção, o design mantém esta atenção nele. O 720S não é uma parede de flores e, sendo você extrovertido ou não, será o centro das atenções com ele.
Mas isso é o que donos de supercarros já sabem lidar muito bem. E acabei pegando um pouco mais de simpatia por eles agora que sei como é ser o centro das atenções como eles.
Como meu chefe logo acima, testei o 720S Spider, não o Hardtop como o que foi utilizado pelo pessoal de Miami. E francamente, achei melhor, já que isso deixa o McLaren 720S ainda melhor. O ponto mais importante: há um teto rígido que levanta e abaixa em cerca de 11 segundos em velocidades de até 48 km/h. Mas ainda melhor é que isso não sacrificou o estilo ou a rigidez do 720S em comparação com o Hardtop.
Com o teto no lugar, o 720S Spider é quase idêntico ao coupé de perfil. O conversível é ainda mais belo. E também mais versátil. Com o teto de vidro, disponível no 720S Coupé, os vidros traseiros do Spider também descem. Isso significa que o motorista pode curtir ainda mais o ronco do V8 biturbo sem recolher a capota. Combinado com um painel de vidro, o 720S passa a impressão de conversível sem baixar a capota.
O que menos gostei foi...é, não consigo pensar em um. Sim, o 720S é caro - o que testei custa cerca de US$ 411 mil nos Estados Unidos, enquanto no Brasil custa R$ 3,45 milhões - e os carros ingleses feitos artesanalmente não são sinônimo de qualidade mecânica a longo prazo, mas não hesitaria em usá-lo todos os dias. Basta um jogo de pneus de inverno que até no frio de Michigan eu estaria com ele. Ele é incrivelmente bom, completo e cativante em ser utilizado e viver com ele. Gostaria que os demais motoristas tivessem me deixado sozinho com ele.
E sim, sei que dirigir um carro conversível com motor central não é só flores. Mas o que começa como algo legal - como crianças tirando fotos do seu carro do banco traseiro dos crossovers chatos de seus pais, por exemplo - fica assustador rapidamente. Diversas vezes acabei indo para a faixa de emergência da estrada depois que motoristas, preocupados em tirar uma foto do carro na estrada, acabaram rodando na minha frente - as estradas estavam cobertas de gelo nesta época.
Um carro como o 720S é um imã de pessoas que querem saber sobre seu carro. E estava feliz em mostrar isso quando estava parado - fui em três encontros no meu tempo com o 720S - mas na estrada, me deixem sozinho. Não quero saber do seu Civic ou de seu Charger Scat Pack, então não tente me empurrar para me provocar a reduzir as marchas. Se você ver um desse na estrada, o admire, mas deixe o piloto em paz - a ultima coisa que ele quer é seu carro em uma oficina por algo que um curioso fez de errado.
Meu primeiro contato com o McLaren 720S foi cativante. Em apenas alguns segundos, percorrendo a reta do Thermal Raceway na California, o 720S tomou o primeiro lugar na minha lista de "melhores carros que eu dirigi". A força G que o motor 4.0 V8 biturbo de 720 cv empurra quando aceleramos tudo é incomparável. A direção afiada como um bisturi também é algo único. E a suspensão reage brilhantemente a cada curva.
Mas mais recentemente aprendi que o McLaren 720S é decente também como um carro de uso diário. Meu segundo contato com o superesportivo - desta vez nas ruas de Miami - não foi menos especial que o primeiro. O 720S e eu não fomos para a pista, mesmo eu querendo muito, mas me senti como os donos de McLaren nas ruas da cidade no dia a dia.
A primeira coisa que percebi é que a velocidade que empurra o peito ainda se aplica, mesmo nas ruas. Uma leve acelerada entre semáforos e evitando os buracos me trouxe boas lembranças de quando estivemos juntos na pista. É absurdamente e quase ilegalmente rápido. O fim de cada acelerada requer uma boa respirada para colocar os orgãos de seu corpo no lugar.
A direção ridiculosamente rápida é outro ponto de destaque também, mesmo que utilizada quase exclusivamente para evitar pedestres e acidentes. O 720S responde em frações de segundos e aponta rapidamente para onde você quer ir. Pula um pouco em estradas em piores conduções, claro, mas isso não é exclusivo da McLaren em sua categoria.
A única coisa que não deixa o McLaren 720S de ser quase perfeito é a chata tela multimídia. Parece bonita, mas não responde tão bem aos comandos como merecia um carro deste preço. Outras marcas fazer um trabalho melhor nesta parte com telas mais rápidas e capacitivas em seus carros.
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