Com informações de Rodrigo Perini - Em construção desde outubro 2023, a fábrica da BYD na Bahia está se aproximando do início das atividades. A marca chinesa já havia anunciado R$ 5,5 bilhões de investimento para começar a empreitada de montar veículos elétricos e híbridos no Brasil. Agora, em mais um evento em Camaçari (BA), a marca informou quando o dinheiro começará a trazer resultados.
Outra novidade é que a BYD confirmou uma data para o início das atividades, mais ou menos: os eletrificados da chinesa começarão a sair da linha de montagem nacional no início de 2025, mas ainda não se tem um dia específico para a inauguração da fábrica. O que se sabe é que a produção começará pelos modelos Dolphin Mini (elétrico) e Song Pro (híbrido plug-in). A marca também confirmou planos para produzir híbridos flex por aqui.
BYD - Fábrica em Camaçari (BA)
O local, que foi da Ford até o ano passado, terá capacidade de quase 150 mil unidades por ano. Após pagar R$ 287,8 milhões pelo terreno de 4,6 milhões de m², a BYD iniciou as obras com a construção de 26 novas instalações, com galpões, pista de teste e outras estruturas. A fabricante afirma que não utilizará os prédios que eram da Ford, que serão destinados para os fornecedores se instalarem no local.
Com a montagem local, a BYD afirma que conseguirá ter “preços ainda mais competitivos e, assim, gerar ainda mais oportunidades ao consumidor brasileiro de ter um carro elétrico na garagem.” Os SUVs híbridos da linha Song devem ser os primeiros a aceitar etanol.
Fábrica da BYD em Camaçari - 2 de dezembro de 2024
Fábrica da BYD em Camaçari - 2 de dezembro de 2024
Fábrica da BYD em Camaçari - 2 de dezembro de 2024
Na primeira fase da produção, os carros serão montados em regime SKD (semi knocked-down), com os modelos chegando parcialmente montados da China e finalizados em Camaçari. A produção mesmo começará em um segundo momento. Até lá, a BYD abrirá 2.000 postos de trabalho na fábrica já em janeiro em 2025. Em março, mais 3.000 vagas serão abertas. A ideia é agregar mais 5.000 trabalhadores em agosto do ano que vem, totalizando 10.000 postos de trabalho. A marca trabalha com a perspectiva de ter 20.000 empregados de forma direta ou indireta em 2025.
A segunda fase, que virá com um novo investimento, será a nacionalização de mais componentes, incluindo as baterias. A meta da BYD é chegar a 70% de nacionalização em 5 anos. Desde o início, da fabricante chinesa sempre incluiu no projeto uma segunda fábrica, destinada a construção de baterias no Brasil, além de um terceiro complexo, para caminhões e ônibus.
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