Enquanto a Volkswagen lançará o novo Tera, que será fabricado no Brasil, somente a partir do ano que vem, a Skoda, divisão de baixo custo do grupo, já mostrou o Kylaq. É a versão da marca do nosso "SUV A0" que será comercializada na Índia e já foi apresentada por lá. Estas são as primeiras imagens oficiais da novidade.
As laterais do Kylaq, especialmente na linha de cintura, são bem parecidas com as que pudemos ver no Tera que estava na última edição do Rock in Rio (o carro estava dentro de uma caixa envolta por microlâmpadas e podia ser visto apenas por pequenas frestas). A plataforma MQB-A0 também é a mesma, bem como o motor 1.0 TSI. No geral, o indiano será mais quadrado e com visual robusto, como o nosso T-Cross. O Tera brasileiro terá um visual fluído, seguindo mais o Nivus, conforme os flagras recentes mostraram.
O projeto foi tocado conjuntamente por Skoda e VW. O que mudará no VW serão, basicamente, as colunas C, bem como as linhas da dianteira e da traseira. Enquanto o Kylaq é destinado ao mercado da Índia, onde será fabricado, o Tera será um produto voltado principalmente para o Brasil.
O propósito do Skoda Kylaq é ser um SUV compacto de preço baixo: na Índia, o modelo estreará custando 789 mil rúpias, o que na conversão direta pelo câmbio atual dá R$ 55 mil. Isso, é claro, na configuração mais simples.
O Kylaq tem 3,99 m de comprimento para enquadrar-se em uma categoria tributária da Índia para carros com menos de 4 metros. Como referência, é 10 cm mais curto que o Pulse nacional. Em compensação, o novo Skoda indiano supera o Fiat brasileiro em alguns centímetros na largura (1,78 m), na altura (1,61 m) e no entre-eixos (2,56 m). Pode-se prever que o VW Tera nacional virá com medidas semelhantes - mas um pouquinho a mais no comprimento total.
A plataforma é chamada de MQB-A0-IN ( essencialmente uma versão econômica da onipresente arquitetura MQB, e com um “IN”, de Índia). Com 18,8 cm de vão livre, o Skoda teve sua robustez amplamente testada naquele país de relevo e temperaturas muito variadas, além de estradas esburacadas. O porta-malas tem 446 litros de capacidade.
O motor é o nosso conhecido 1.0 TSI, de três cilindros. Na versão indiana, movida somente a gasolina, rende 115 cv e 18 kgfm (no VW Tera deverão ser 109/116 cv de potência com 16,8 kgfm de torque). Vai atrelado a um câmbio manual ou automático, sempre de seis marchas. De acordo com o comunicado da Skoda, Kylaq manual pode alcançar a máxima de 188 km/h e acelerar de 0 a 100 km/h em 10,5 segundos.
Desde a versão básica, o carro indiano traz de série seis airbags. As configurações intermediárias ou mais caras vêm com luzes de curva, faróis e limpadores com acionamento automático, controle de partida em rampa e monitoramento da pressão dos pneus.
A central multimídia tem tela de 10,1” e conecta-se sem fio ao Android Auto e Apple CarPlay. O console pode trazer carregador por indução para o smartphone. O quadro de instrumentos é totalmente digital, com tela de 8”.
As versões topo de linha do Kylaq trazem bancos com ajustes elétricos em seis direções. São dotados de ventilação para o motorista e o passageiro da frente. Algumas versões incluem teto solar com abertura elétrica, controle de cruzeiro, paddle shifters atrás do volante e forração em material sintético imitando couro.
O Kylaq foi projetado para a categoria de menos de 4 metros – um segmento com quase 50% de participação no mercado indiano por conta de incentivos fiscais daquele país. Também são fabricados em Chakan, o sedã Slavia e o crossover Kushaq, outros dois modelos criados exclusivamente para o mercado daquele país. Aproximadamente 95% das peças são produzidas localmente. As vendas começarão no início do próximo ano. Enquanto vem sofrendo uma dura crise na Europa, o grupo Volkswagen comemora seguidos aumentos de vendas no mercado indiano - onde a Skoda é a marca-chefe da companhia.
Fonte: Skoda
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