Hongqi Guoya: os detalhes do novo 'Rolls-Royce chinês'

Sedã de luxo tem muito cromado e mais de cinco metros de comprimento

Foto de: Motor1.com

Por: Roland Hildebrandt

Traduzido por: Thomas Tironi

21 Outubro em 09:02

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Você conhece a Hongqi? Provavelmente não. Mas talvez você já tenha visto um carro do governo da marca chinesa na televisão. O grupo FAW, montadora de Changchun e que tem join ventures com montadoras ocidentais como a Volkswagen e a Toyota, usa essa marca, que significa "bandeira vermelha", desde 1958.

Em 1958, o CA72 apareceu como um veículo de luxo, disponível como um sedã e um conversível. A produção em série começou em 1959 e continuou na década de 1960. Em 1965, surgiu o sucessor CA770, que foi produzido até a década de 1980. Em 1984, os protótipos CA750 e CA760 foram baseados no Dodge 600.

Galeria: Hongqi Guoya (2024)

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Entre os vários modelos vindo originalmente de montadoras ocidentais, um teve destaque especial na evolução da Hongqi no mercado de luxo: O Audi 100 C3, que foi montado pela First Automotive Works (FAW) a partir de 1986 e acabou virando a base para o próximo modelo de produção da Hongqi. A partir de 1989, o CA7225 foi chamado de LH. Esse modelo tinha uma distância entre eixos estendida. Em 1993, foram adicionados o CA7221 em versões sedã tracional e na L, com uma distância entre eixos maior (opção quase obrigatória na China) e a picape CA1021 U3.

Nesse meio tempo, é claro, a empresa já se emancipou da Audi há muito tempo. Em setembro de 2021, o fabricante começou a exportar o e-HS9, um SUV de luxo elétrico com porte de BMW X7 e visual de Bentley para a Noruega. Ele também está sendo comercializado na Alemanha desde março de 2024. Na China o modelo top de linha ainda tem um motor de combustão sob o capô.

Voltando ao Guoya, o modelo chamou a atenção do público ao ser mostrado no Salão de Paris. Fugindo da atual tendência das montadoras ocidentais de não usar cromados em seus carros, a Hongqi não parece ter medo de abusar desses adereços. A grade do radiador, em particular, parece ter mais cromo do que três Mercedes-Benz Classe E. Falando em Mercedes-Benz: a linha lateral segue um pouco o modelo do atual Classe S. No entanto, também nos faz lembrar espontaneamente da Rolls-Royce.

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Hongqi Guoya (2024)

A Hongqi afirma que o design das luzes traseiras é derivado do formato da "lanterna do palácio" e o formato da faixa decorativa vem das calhas dos antigos palácios chineses.

De acordo com a CarNewsChina, o Hongqi Guoya mede 5.353 mm de comprimento, 1.998 mm de largura e 1.511 mm de comprimento, com uma distância entre eixos de 3.260 mm. Ele está disponível em modelos de quatro e cinco lugares e é montado em rodas de 19 ou 20". Visto de lado, o carro tem uma baixa distância do solo, combinada com carroceria bicolor branca e vermelha.

Há a opção de dois híbridos plug-in, um acoplado a um motor V6 turbo a gasolina de 3,0 litros e o outro em um V8 turbo de 4,0 litros. Ambos contam com uma transmissão automática de oito velocidades. O motor 3.0T tem uma potência máxima de 290 kW (400 cv), enquanto o motor 4.0T tem uma potência máxima de 360 kW (497 cv). Ambos os sistemas são acoplados ao sistema de baterias de lítio, mas a capacidade e a autonomia específicas ainda não foram anunciadas oficialmente pela Hongqi.

O mesmo se aplica ao preço, mas a CarNewsChina menciona que a marca está aberta para "reservas globais". Se o Guoya chegará a mercados do ocidente, ainda não sabemos.