Após ter lançado a Super Meteor no Brasil, a Royal Enfield se prepara para continuar expandindo a linha de produtos 650 em nosso mercado. Dessa vez, a marca exibiu no Festival Interlagos a Shotgun 650, o quarto produto da empresa baseada na plataforma bicilíndrica da marca, que ainda possui a Interceptor 650 e a Continental GT 650.
Mas vale a ressalva que a moto ainda não foi lançada. De acordo com a Royal Enfield, a Shotgun ainda está nos estágios finais de homologação para o mercado brasileiro, mas a apresentação deve ocorrer "muito em breve". No momento, já são feitos testes de montagem na planta da Dafra em Manaus (AM) para sua nacionalização. Por conta disso, ainda não há uma previsão de preço. No entanto, deve superar os cerca de R$ 34 mil cobrados atualmente pela Super Meteor 650.
Apresentada em dezembro em outros mercados, a nova Royal Enfield Shotgun 650 é movida por um motor bicilíndrico de 648 cm3 com refrigeração líquida que produz 47 cavalos de potência a 7.250 rpm e 5,4 kgfm de torque a 5.650 rpm. Ele é acoplado a uma caixa de câmbio de seis marchas. Até agora, tudo isso é extremamente idêntico ao encontrado nas outras três motos 650 da Royal Enfield.
A Shotgun 650 tem uma distância entre eixos mais curta, maior distância do solo e uma ligeira queda no peso em ordem de marcha em comparação com a Super Meteor 650. Colocamos as dimensões lado a lado para que você possa começar a visualizar a diferença.
Royal Enfield Shotgun 650 |
Royal Enfield Super Meteor 650 |
|
Distância entre eixos |
1.465 mm |
1.500 mm |
Distância do solo |
140 mm |
135 mm |
Comprimento |
2.220 mm |
2.260 mm |
Largura |
820 mm |
890 mm |
Altura |
1.105 mm |
1.155 mm |
Altura do assento |
795 mm |
740 mm |
Tanque |
13,8 litros |
15,7 litros |
Peso em ordem de marcha |
240 kg |
241 kg |
A equipe de designers e engenheiros da Royal Enfield trabalhou em conjunto para dar à Shotgun uma personalidade própria e distinta. A alteração das características da suspensão da moto pode, sem dúvida, afetar a sensação de pilotagem. A Shotgun 650 usa uma roda dianteira de 18 polegadas e uma traseira de 17 polegadas (são de 19 de 16 polegadas respectivamente na Super Meteor 650).
Embora a Shotgun 650 também tenha um conjunto de bengalas Showa Big Piston invertidas na dianteira, elas têm 33 mm a menos de curso do que os encontrados na Super Meteor. Os amortecedores duplos traseiros da Shotgun, por outro lado, têm 20 mm a mais de curso do que os encontrados na Super Meteor.
Os freios são os mesmos. Na Shotgun 650, você encontrará uma única pinça de freio flutuante ByBre de dois pistões e um disco de 320 mm na dianteira, e uma única pinça flutuante ByBre de dois pistões e um disco de 300 mm na traseira. O ABS é de série em ambas as rodas, assim como as linhas de freio de aço inoxidável trançado de fábrica.
A Royal Enfield Shotgun 650 utiliza um conjunto de medidores redondos na dianteira, com um relógio mesclando elementos digital e analógico para mostrar a velocidade, o indicador de posição da marcha e outras informações. O menor à direita serve de navegação Royal Enfield Tripper, que se conecta ao seu smartphone via Bluetooth para que você possa exibir a navegação, se desejar. Há também uma porta USB para manter seu telefone carregado.
A iluminação completa por lâmpadas de LED também é de série na Shotgun 650. Nas fotos, a moto está com um assento monoposto, mas tem provisões para receber um banco de garupa opcionalmente, apesar de já contar com pedaleiras para o passageiro. Além de segundo assento, o suporte opcional também pode servir como espaço para bagagens.
De acordo com a Royal Enfield, mais de 1.300 unidades da Super Meteor 650 já foram reservadas. Novos pedidos começarão a ser entregues para os clientes somente a partir de setembro. As 650 unidades do lote inicial se esgotaram em somente 48 horas.
Com a linha em expansão, a Royal Enfield segue anunciando a abertura de mais concessionárias. Deve sair dos atuais 26 pontos de vendas no Brasil para 37 concessionárias até o final de 2024. A marca entende que o Brasil é um dos mercados mais importantes para a estratégia da empresa de dominar o segmento de média cilindrada. Não só isso: o mercado brasileiro já é o segundo maior da Royal Enfield, perdendo apenas para a própria Índia, terra natal da marca.
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