Em entrevista concedida recentemente ao Financial Times, o CEO da Bugatti-Rimac, Mate Rimac, deu o que falar ao lançar a curiosa ideia de combinar postos de combustível na casa dos próprios clientes da marca. O objetivo seria tornar mais fácil para os proprietários o abastecimento de seus esportivos e, ao mesmo tempo, garantir a viabilidade técnica dos motores a combustão por mais alguns anos.

O combustível usado nos 'postos domésticos' seria totalmente sintético e, portanto, não haveria problema quanto às questões ambientais vigentes em muitos mercados. “Você poderia até fazer alguns lindos postos de combustível Bugatti nas casas dos proprietários, usando combustíveis sintéticos”, disse o executivo.

Bugatti W16 Mistral

Trazer à tona o assunto dos combustíveis sintéticos não é exatamente uma supresa dentro do grupo Volkswagen. A Porsche, que detém 45% da Bugatti-Rimac, tem atuação bastante avançada no segmento de e-fuels e mantém fábrica no Chile com capacidade para produzir 14,5 milhões de galões anualmente até meados da década. A meta é aumentar a produção para 145 milhões de galões até 2027. 

Rimac não mencionou diretamente a conexão com a Porsche, mas não seria estranho abastecer esportivos da Bugatti e-fuels daqui a alguns anos. Afinal, são carros produzidos com tiragem limitada e, na maioria das vezes, bem zelados pelos seus donos (ou seja, podem seguir por décadas em condições de uso).

Bugatti W16 Mistral

Além do mais, a própria Rimac já admitiu que clientes ricos estão comprando cada vez menos supercarros elétricos, o que abre ainda mais margem para a viabilidade de esportivos abastecidos sinteticamente. "Estes compradores estão buscando agora outro tipo de experiência ao volante. As pessoas ficam um pouco enojadas com isso, toda essa aplicação forçada", disse sobre o avanço da eletrificação. 

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