Já não era mais novidade Jeep Compass ia mudar e ganhar o motor de 272 cv da Ram Rampage na linha 2025. Flagras vinham cantando essa bola a meses, mas restava saber como a marca faria isso. Afinal, é o SUV médio mais vendido da categoria há anos e por ampla margem. Mudanças radicais não eram tão necessárias assim.
Olhando de fora, o novo Jeep Compass 2025 não mudou muito, mas a marca retrabalhou o catálogo, agora com menos opções e mantendo uma opção a diesel. O motor 2.0 turbo a gasolina Ram Rampage está lá, equipando as novas versões Overland e Blackhawk, e o modelo ganhou mais equipamentos de segurança de série em algumas versões. Porém, as boas notícias não param por aí.
Jeep Compass Blackhawk 2025 com motor Hurricane 2.0 turbo
Agora, o Jeep Compass 2025 ficou de R$ 5 mil a R$ 20 mil mais barato dependendo da configuração. Sendo assim, o SUV é comercializado agora nas versões Sport 1.3T flex (R$ 179.990), Longitude 1.3 flex (R$ 196.990), Série S 1.3T flex (R$ 236.990), Limited 1.3T flex (R$ 216.990), Limited 2.0 turbodiesel 4x4 (R$ 249.990), Overland 2.0 turbo a gasolina 4x4 (R$ 266.990) e Blackhawk 2.0 turbo a gasolina 4x4 (R$ 279.990).
Com o lançamento da linha 2025, a Jeep também aumentou o tempo de garantia do Compass, que passa de 3 para 5 anos no total. A marca ainda oferecerá serviço de blindagem nível III-A sem perda de garantia e com valor no financiamento por meio de uma parceira.
A grande novidade para o SUV fica por conta da introdução do motor 2.0 turbo a gasolina Hurricane-4, o mesmo já utilizado pela Ram Rampage. Ele vem de série nas novas versões Overland e Blackhawk. Assim como na picape, é capaz de entregar 272 cv e 40,8 kgfm de torque. Possui bloco e cabeçote de alumínio, injeção direta de combustível e duplo comando variável de válvulas. As opções 1.3 turbo flex T270 (até 185 cv e 27,5 kgfm) e 2.0 turbodiesel (170 cv e 35,7 kgfm) seguem sem alterações. O primeiro tem câmbio automático de 6 marchas e tração dianteira.
Com o novo motor turbo a gasolina, a Jeep utilizará o câmbio automático de 9 marchas e tração 4x4. Assim como no Compass diesel e na Rampage, tem modos selecionáveis, como lama e areia, por exemplo. Com isso, o Jeep Compass com o motor Hurricane-4 consegue acelerar a 100 km/h em 6,3 segundos partindo da imobilidade, de acordo com dados da marca. A velocidade máxima declarada é de 228 km/h. Para o consumo, a classificação no InMetro mostra 8,3 km/l em uso urbano e 11 km/l na estrada.
Para se adequar ao novo desempenho do Compass 2025 nas versões Overland e Blackhawk, a Jeep efetuou uma recalibração dos amortecedores e nas molas, sendo que o SUV permanece com suspensão independente nas 4 rodas em todas as versões. Outra medida para segurar o 2.0 turbo foi a adoção de nova bomba de vácuo, novas pinças de freio, enquanto os discos dianteiros ficaram maiores, indo a 330 mm de diâmetro. No caso da Blackhawk, as pinças são pintadas de vermelho.
As duas novas versões utilizam rodas de 19 polegadas com pneus de medida 235/45 R19, dotados de uma membrana que sela pequenos furos na banda de rodagem automaticamente. São pneus Pirelli Scorpion, com a tecnologia "seal inside" da fabricante.
Outra coisa que foi retrabalhada é a lista de itens de série. Todas as versões, exceto a de entrada Sport, passam a contar de série com itens como sistema de som Beats, painel de instrumentos com tela de 10,25" e multimídia com tela de 10,1" com espelhamento sem fio. A básica Sport tem painel de instrumentos colorido de 7" e multimídia de 8,4" com espelhamento sem fios.
Mais um novidade importante: a partir da versão Longitude 1.3 flex, o Compass 2025 passa a ser equipado sempre com assistentes de condução de nível 2 (ADAS L2). O pacote inclui assistente de centralização de faixa, controle de cruzeiro adaptativo com função Stop&Go, farol alto automático, detector de fadiga do motorista, aviso de mudança de faixa, aviso de colisão frontal, frenagem autônoma de emergência, reconhecimento de placas de trânsito. O pacote é opcional no Compass Sport 2025.
Visualmente, a única alteração em comum para todas as configurações é a grade dianteira redesenhada. As equipadas com o novo motor recebem duas saídas de escape na traseira. As rodas, que variam de 18 a 19", também ganharam novos desenhos. A versão Blackhawk tem mais peças pintadas (como na Série S), pinças vermelhas e acabamentos escurecidos. A Overland também tem mais peças pintadas, porém mais discreta e voltada ao luxo. Opcionalmente para a versão Longitude, a mais vendida do SUV, a Jeep oferecerá o pacote Night Eagle, também de acabamentos escurecidos e mais itens de série.
Opcionais
Sport +
Opcionais
Longitude +
Opcional
Limited flex +
Opcional
Limited flex +
Longitude +
Opcional
Overland +
Se você esperava uma grande mudança no visual do Compass com a linha 2025, não foi dessa vez. O carro continua com linhas bem similares em relação à linha 2024. A grade recebeu novos elementos e uma revisão nas tradicionais sete barras. A versão Blackhawk que o Motor1.com Brasil andou no Uruguai tem mais elementos pintados na carroceria, mas, novamente, é algo que já era visto na versão Série S. As pinças vermelhas, por outro lado, entregam as pretenções mais esportivas do SUV.
A Jeep precisava colocar um motor de 272 cv no Compass? Objetivamente não, pois o 1.3 flex atende bem. Mas é o líder da categoria e a marca está mirando em um público que valoriza performance também. E isso o Blackhawk tem de sobra, o suficiente pra te grudar no banco em acelerações. Se o 1.3 turbo atendia, o 2.0 turbo sobra.
O câmbio de nove marchas, como já acontece na Rampage, está sempre trocando de marcha em busca da rotação mais eficiente. Mas como as trocas são suaves, o motorista só percebe a constante busca por marcha se ficar de olho no conta-giros. Ao contrário da picape, especialmente na versão R/T, o Jeep Compass Blackhawk não tem um ronco tão pronunciado. Bom para quer desempenho, não barulho.
As alterações na suspensão e nos freios são perceptíveis. Esse Compass esportivo é mais firme que os demais, o que ajuda nas curvas, mas acrescenta um pouco mais de trancos nos buracos. O pedal de freio é firme e preciso. Ainda bem, pois estamos falando de um carro pesado e que faz de 0 a 100 km/h na casa dos 6 segundos.
A cabine mudou pouco, mas o Blackhawk tem algumas páginas extras no painel de instrumentos digital. São as "Performance Pages", mostrando itens como aceleração, inclinação, pressão de turbo e outros elementos de desempenho. Por dentro, o Compass muda bem pouco, oferecendo boa ergonomia na dianteira e um espaço usável para dois adultos na traseira. O acabamento preto no forro de teto da Blackhawk, porém, deixa a cabine ainda mais escura. Os bancos com couro e suede ficaram bonitos e confortáveis.
O contato com o Compass Blackhawk foi relativamente curto, mas se a Jeep mirou no desempenho acertou, apesar de ter mudado pouco por fora. Agora o SUV tem ainda menos chances de perder o compasso da liderança.
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