Prometida para 2023, a Fiat Titano acabou atrasando, mas não demorará muito mais. Motor1.com apurou que o lançamento está marcado para o final de fevereiro no Brasil, fazendo com que a fabricante italiana finalmente tenha uma picape média no mercado nacional, segmento em que nunca atuou por aqui. Irá concorrer diretamente com Toyota Hilux, Chevrolet S10, Ford Ranger e Volkswagen Amarok, chegando em um momento bem delicado.
A Fiat Titano nasceu a partir da Peugeot Landtrek, que por sua vez foi um projeto da marca francesa com a chinesa Changan. O plano original da Peugeot era lançar a Landtrek aqui, algo confirmado pela própria fabricante, porém tudo mudou após a fusão com a Fiat-Chrysler. Veio a decisão de transformar a picape em um modelo da Fiat, para finalmente entrar no segmento aqui, tornando-se a segunda caminhonete média da empresa – a primeira foi a Fullback, uma adaptação da Mitsubishi L200 vendida na América Central.
Conhecemos todo o design da Titano em dezembro, quando a Stellantis divulgou fotos no Brasil ao mesmo tempo em que a picape começou a ser oferecida na Argélia. Tal como a Renault fez com a Alaskan, que é igual à Nissan Frontier, mudando somente o logo na frente e no volante, a Titano é idêntica à Landtrek. Só tiraram o emblema do leão para colocar o da Fiat na frente, mantendo todos os outros elementos de design, até mesmo a linha em LED na vertical abaixo do conjunto principal, parte do estilo de “presa de leão” que a Peugeot usa atualmente.
Esta mesma história se repete na cabine, com muitos elementos em comum com a linha da Peugeot, como o formato do volante, de base achatada e um centro mais largo; ou os botões no painel em forma de teclas de piano. Esta semelhança toda pode ser um dos motivos pelos quais a Peugeot não vai mais vender a Landtrek por aqui, pois seria difícil justificar ter duas picapes praticamente iguais nas lojas.
Um dos poucos mistérios restantes sobre a picape é sua motorização. A Titano vendida na África usa o mesmo motor que a Landtrek, com um 1.9 turbodiesel de 150 cv e 35,7 kgfm de torque. No caso do Brasil, tudo até agora aponta para o 2.2 turbodiesel de 200 cv e 45,9 kgfm compartilhado com as vans da Stellantis, como Ducato, Citroën Jumper e Peugeot Boxer. Isto faria sentido pois a caminhonete será montada no Uruguai junto com os furgões.
Outra diferença estará na oferta. A Fiat deve apostar somente em versões de cabine dupla por aqui, já que conta com a Toro como uma opção mais acessível, ao invés de ter uma cabine simples básica. É uma questão racional, pois o complexo no Uruguai não tem uma capacidade de produção muito grande e ainda faz outros veículos.
Caso siga com os equipamentos oferecidos na África, terá ar-condicionado de duas zonas, vidros e travas elétricas, retrovisores com ajuste elétrico, sensor de monitoramento de pressão dos pneus, central multimídia de 10 polegadas, faróis e lanternas em LED, airbags laterais, entre outros. Há quem argumente que a Fiat Titano apostará em uma faixa de preços abaixo das rivais, para compensar o fato de ser a novata. Considerando que a Toro alcança os R$ 212.990 nas versões Ultra e Ranch, a nova caminhonete poderia custar algo em torno de R$ 200 mil.
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