Volkswagen vai produzir motor 1.5 TSI híbrido-flex no Brasil, confirma sindicato

Para atender as regras de emissões para 2025, marca fará evolução do 1.4 TSI em São Carlos

VW Taos camuflado em SP VW Taos camuflado em SP

O Sindicato dos Metalúrgicos de São Carlos e Ibaté aprovou o acordo com a Volkswagen até 2028, seguindo a decisão dos trabalhadores das demais fábricas da marca no país. Entre os itens que fizeram parte da negociação está o investimento para o início da produção do motor 1.5 TSI EVO2 híbrido-flex, substituindo o 1.4 TSI atual e tornando-se o primeiro propulsor eletrificado da marca a ser feito no Brasil.

Em seu site oficial, o Sindicato local diz que “o investimento negociado para a produção do motor 1.5 híbrido-flex EVO2 e o credenciamento para fabricação de componentes do motor híbrido garantirá o futuro da fábrica, pois o motor EA211 atual tem prazo de validade em função das normas de emissão de poluentes.”

O 1.5 TSI EVO2 é, como diz o nome, uma evolução feita sobre o 1.4 TSI e que foi adotada pela Volkswagen em diversos mercados na Europa e América do Norte, equipando carros como Golf e o Taos feito no México. Os números são semelhantes, gerando 150 cv de potência e 25,5 kgfm de torque, porém é bem mais moderno, com tecnologias como turbo de geometria variável e desativação de cilindros, desligando até dois dos quatro com o carro em movimento.

O ponto mais importante é que pode ser combinado com sistemas híbridos, seja leve ou plug-in. Tanto é que a fabricante estava testando o motor no Brasil, usando um Golf R-Line com a tecnologia híbrida-leve, chamada pela marca de eTSI. Mais recentemente, uma unidade do Taos apareceu no país com uma camuflagem, porém sem alterações no visual. Como adiantado por Motor1.com, o Taos era cotado como o primeiro carro a receber a tecnologia, iniciando a adoção por um modelo mais caro antes de levar para o restante da linha.

A Volkswagen usou um Golf R-Line para testar o motor 1.5 TSI flex no Brasil

A Volkswagen ainda não anunciou o investimento de forma oficial, o que deve acontecer até dezembro. Os sindicatos apontam que o aporte seria de R$ 5,4 bilhões para as quatro fábricas em São Bernardo do Campo (SP), São Carlos (SP), Taubaté (SP) e São José dos Pinhais (PR), o que dará origem a dois carros híbridos a serem feitos em São Bernardo, uma picape em São José dos Pinhais e um SUV compacto de entrada em Taubaté.

Como o sindicado confirmou, o 1.5 TSI irá substituir o 1.4 TSI por conta das novas regras do Proconve L8, que entrarão em vigor em janeiro de 2025. Isto aponta que o motor precisa iniciar a produção na mesma época, para que não atrapalhe a oferta de Taos, T-Cross Highline, Polo GTS e Virtus Exclusive. A eletrificação deste propulsor pode acontecer somente em 2026 para o Taos.

Não ficará restrito ao SUV médio, com planos de chegar a mais modelos nos anos seguintes. O Sindicato dos Metalúgicos do ABC revelou que a fábrica em SBC fará dois modelos híbridos a partir de 2027, enquanto concessionários revelaram à Motor1.com que a Volkswagen já confirmou que a futura nova picape rival da Fiat Toro e o SUV compacto sucessor do Gol também receberão uma motorização híbrida.

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