Apesar de alguns rumores falarem que o sistema híbrido-leve eTSI da Volkswagen faria a estreia já no Polo reestilizado, a verdade é que levará muito tempo para que chegue às ruas. Motor1.com conversou com executivos da marca alemã e eles foram categóricos ao dizer que o projeto está em fase inicial de desenvolvimento e que levará um bom tempo para ficar pronto, descartando totalmente a estreia junto com o facelift do hatchback, que será lançado no 2º semestre deste ano.

As primeiras informações do híbrido-leve eTSI no Brasil começaram a circular quando a nova geração do Volkswagen Golf foi flagrada por aqui na versão R-Line. Ela é equipada com o motor 1.5 TSI com o sistema mild-hybrid de 48V e usa um gerador no lugar do alternador para manter o carro em movimento em velocidade de cruzeiro enquanto o motor a combustão fica desligado. É uma solução que muitas marcas tem adotado para conseguir reduzir os níveis de emissões de poluentes e aumentar a autonomia.

Volkswagen Golf R-Line no Brasil

Fontes ligadas à marca confirmaram que o Golf está sendo usado para os testes do eTSI no país, para que este sistema passe a aceitar também etanol. A fabricante tem falado muito sobre o uso do biocombustível e até criou um centro de desenvolvimento para motores a etanol. “O híbrido-leve é uma das alternativas em que estamos trabalhando”, explica um dos executivos da Volkswagen.

Só que não é para agora, ao contrário dos rumores recentes. Todo o projeto ainda está em estágio inicial e precisará de um bom tempo para ficar pronto, justamente por ser flex. O etanol representa um desafio, pois o eTSI funciona desligando o motor enquanto o gerador mantém o carro em movimento temporariamente. O etanol tem um poder de queima menor do que a gasolina, então precisaria usar mais combustível para elevar novamente a temperatura do motor para o nível ideal.

A Volkswagen usa a tecnologia eTSI tanto no motor 1.0 turbo quanto no 1.5 TSI. O próprio Golf, por exemplo, tem a opção desta motorização para a versão de entrada na Europa, combinada com a transmissão DSG de dupla embreagem com 7 marchas. Como a marca só utiliza o DSG no Jetta GLI, isto representa outro problema no desenvolvimento, pois seria necessário mudar para o câmbio automático de 6 posições.

Por isso, nossas fontes são bem claras e dizem que não veremos a tecnologia nas ruas daqui tão cedo (ao menos não neste ano). Outro ponto importante é o modelo responsável por lançar a tecnologia eTSI Flex no Brasil. Com o lançamentos dos renovados Polo e Virtus neste ano e possivelmente o T-Cross no início do ano que vem, os candidatos seriam o Taos, quando for reestilizado por volta de 2024, ou até mesmo o Golf de oitava geração. 

A boa notícia é que a tecnologia eTSI não ficará restrita aos modelos mais caros. Agora que quase toda a linha da Volkswagen usa a plataforma MQB, seja na versão A1 ou A0, é mais viável colocar o sistema em qualquer um dos carros – o Polo europeu terá versões eTSI no futuro. Embora não tenham confirmado, as fontes também deram a entender de que a tecnologia desceria para todo o portfólio com o passar do tempo, para atender as próximas exigências de eficiência energética.


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Já mostramos em detalhes os novos Volkswagen ID.3 e ID.4 por aqui, mas de forma estática. Agora chegou o momento de rodar com os dois modelos 100% elétricos pelas ruas brasileiras. Em um breve contato, experimentos o hatch e o SUV elétrico da marca alemã que, por enquanto, estão por aqui só para testar o mercado.

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