A Nissan quer continuar o bom momento no Brasil e realiza um investimento de R$ 2,8 bilhões para a fábrica em Resende (RJ), com a missão de produzir dois novos SUVs no país. Um deles será a nova geração do Kicks, lançado aqui em 2016 e que precisava de uma renovação mais profunda. Será lançado somente em 2025 e com um inédito motor turbo, também produzido na planta fluminense.
Segundo Guy Rodriguez, presidente da Nissan América do Sul, este novo ciclo de investimento “vai marcar um antes e depois para a Nissan no Brasil”. Quatro novos fornecedores estarão dentro do parque de Resende e a produção será ampliada para que o complexo sirva como polo de exportação para toda a América Latina. A meta é chegar aos 7% de participação na região até 2026.
A fabricante tinha dado dicas de que isso aconteceria. Em abril, Rodriguez havia anunciado um investimento de R$ 1,21 bilhão, que seria usado tanto para novos modelos quanto para uma “atualização de produto”. Apenas um dia antes do anúncio feito hoje (7), o CEO global da Nissan, Makoto Uchida, participou de um encontro com o presidente Lula e o vice-presidente Geraldo Alckmin, onde confirmou o plano de lançar dois SUVs no Brasil.
Embora a Nissan não tenha entrado em detalhes sobre como será o novo Kicks, o carro tem rodado em testes há algum tempo, tanto no Brasil quanto no exterior. Algumas mídias no Japão apontam que o SUV adotará um visual inspirado no conceito do novo Pathfinder apresentado na China, com uma grade mais larga e faróis finos que se misturam com a entrada de ar.
Na Ásia, fala-se sobre um novo sistema híbrido e-Power capaz de fazer até 30 km/litro. Embora a motorização tenha sido testada diversas vezes no Brasil, ela ainda não tem data para chegar ao modelo nacional – a tecnologia fará sua estreia no país com o X-Trail. Apesar dessa expectativa por um Kicks e-Power, pode ser que nem ao menos chegue ao nosso mercado por conta dos custos.
A Nissan também não comentou sobre o motor turbo, embora espera-se que seja uma evolução da família HR usada atualmente. Esta linha de propulsores foi atualizada diversas vezes, inclusive dando origem ao TCe usado pela Renault e que fará sua estreia no Brasil no Kardian no ano que vem. Apesar de ainda trabalharem separadamente no Brasil, as duas empresas ainda fazem parte da Aliança Renault-Nissan no resto do mundo e compartilham plataformas e motorizações. Se for o mesmo propulsor do Kardian, terá 125 cv e 22,4 kgfm, o que será uma boa evolução sobre os 116 cv e 15,5 kgfm do 1.6 que equipa o Kicks atual.
O segundo modelo é um mistério. Especulações apontam que pode ser uma reestilização para o Kicks atual, que seria mantido como uma opção de entrada, como a Hyundai faz com o Creta, oferecendo o modelo anterior sob o nome Creta Action. Faria sentido considerando a declaração anterior de Rodriguez sobre uma “atualização de produto”. Porém, deve ficar para depois do novo Kicks.
Com informações de Leonardo Fortunatti
Projeção: KDesign
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