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Stellantis desiste de feira de tecnologia por conta das greves nos EUA

Empresa justificou medida alegando que trabalha para "mitigar impactos financeiros e preservar capital"

Stellantis At CES

A Stellantis confirmou nesta semana em comunicado oficial que cancelou sua participação na tradicional feira de tecnologia CES, prevista para acontecer em janeiro de 2024 em Las Vegas. De acordo com a empresa, a medida foi tomada em razão das greves deflagradas nos Estados Unidos pelo sindicato United Auto Workers, que reúne trabalhadores do setor automotivo. 

A empresa, proprietária das marcas Jeep, Ram, Chrysler, Dodge e Fiat, atribuiu a decisão aos custos gerados pela paralisação, que teve início na última quinta-feira e não tem previsão de encerramento. Cerca de 34 mil trabalhadores do setor aderiram ao ato (incluindo também funcionários dos grupos General Motors e Ford).

Linha de montagem da Ford Super Duty 2023 nos EUA

“À medida que os custos dos ataques em curso do UAW contra a Stellantis continuam a aumentar, a empresa decidiu cancelar a sua exposição e apresentações planejadas na CES 2024,” diz o comunicado. A feira de tecnologia vem sendo usada há várias edições pela Stellantis como palco para apresentação de lançamentos importantes, tanto de veículos quanto de novas tecnologias.

A Stellantis também afirmou que está “executando contramedidas abrangentes para mitigar os impactos financeiros e preservar o capital”, embora não tenha fornecido mais detalhes. Dessa forma, não ficou claro se a participação em outros eventos automotivos, como o SEMA Show e o Salão do Automóvel de Los Angeles, também será comprometida.

“Diante do estágio atual das negociações nos Estados Unidos, proteger o futuro da empresa é prioridade máxima para a liderança da Stellantis”, completa a nota.

Linha de montagem da Ford Super Duty 2023 nos EUA

Entre as principais demandas, o UAW busca recuperar auxílios que foram perdidos na grande crise que atingiu o setor na última década e quase levou várias empresas à falência. A lista inclui aumento de salário, semana de quatro dias de trabalho e plano de ampliação de aposentadoria. A greve é inédita na história do sindicato e acontece logo depois de as montadoras registrarem lucros recordes.

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