A Stellantis revelou seus planos de alocar a produção dos primeiros veículos equipados com tecnologias Bio-Hybrid e veículos 100% elétricos no Polo Automotivo de Goiana (PE). Essas tecnologias são parte da estratégia global de descarbonização da mobilidade da Stellantis, com a visão de atingir a emissão zero de carbono em suas operações e produtos até 2038.
As plataformas Bio-Hybrid combinam eletrificação com motorização flex e a etanol, indicando que a marcará poderá voltar a oferecer veículos que consomem apenas o combustível vegetal. Quanto ao tipo de híbrido que será oferecido sob o nome Bio-Hybrid, a empresa não especificou se seus futuros modelos eletrificados utilização sistema híbrido-leve, híbrido convencional ou híbrido plug-in, ou ainda os três. No entanto, a Stellantis confirmou que os primeiros produtos nacionais eletrificados da empresa já serão apresentados em 2024. Hoje, em Goiana, são fabricados Fiat Toro, Jeep Renegade, Jeep Compass, Jeep Commander e Ram Rampage.
A fábrica pernambucana do grupo também será responsável por produzir veículos totalmente elétricos, mas ainda sem data para chegarem ao mercado nacional. A implementação dessas plataformas irá envolver as áreas de Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação (P&D) da Stellantis, incluindo fornecedores, universidades e centros de pesquisa. Essa iniciativa visa aproveitar o talento dos profissionais brasileiros e fortalecer a indústria automobilística local.
A empresa também planeja expandir significativamente sua rede de fornecedores na região do Polo de Goiana, com a expectativa de aumentar o número de fornecedores de componentes e sistemas de 38 para 50 no curto prazo. À medida que a família de veículos híbridos e elétricos se desenvolve nos próximos anos, a cadeia de valor deverá contar com 100 fornecedores em Pernambuco, contribuindo para a descarbonização da mobilidade, de acordo com a empresa. A tecnologia Bio-Hybrid será aplicada nos três polos automotivos da Stellantis no Brasil - Betim (MG), Porto Real (RJ) e Goiana (PE).
Em comunicado, a Stellantis justificou o movimento dizendo:
A liderança regional do Brasil abre perspectivas de exportações para toda a América Latina, e a decisão de investir na localização das novas tecnologias considera o horizonte de estabilidade e previsibilidade, decorrentes de marcos legais como a aprovação da Reforma Tributária.