Pouco após apresentar a nova geração da L200 Triton, a Mitsubishi realizou um bate-papo com jornalistas da Austrália, país onde a marca tem muita força e em que as picapes são importantes. Os executivos aproveitaram o momento para confirmar que a caminhonete terá uma versão híbrida, que já está em desenvolvimento, revelando alguns detalhes sobre como será a motorização eletrificada. E, de quebra, ainda comentaram sobre a L200 Triton elétrica.
Apesar do claro interesse em uma L200 Triton híbrida, os executivos da Mitsubishi disseram que os engenheiros ainda estão definindo que tipo de tecnologia terá e que o projeto ainda não foi aprovado, como revela o site Drive. Caso receba aprovação da matriz, a versão híbrida seria lançada antes da totalmente elétrica, chegando às concessionárias antes do final da década.
A discussão acontecendo internamente é sobre a tecnologia. No momento, a fabricante está mais interessada em um sistema híbrido convencional, semelhante ao do Corolla, usando o movimento do veículo para abastecer uma bateria de capacidade pequena. Segundo Hiroshi Nagaoka, chefe global de engenharia e estratégia de produto da Mitsubishi, isso permitiria user o chassi atual, tornando-se uma solução boa e de rápida adoção. Até pensam sobre uma versão híbrida plug-in, porém o projeto está engavetado até que as baterias evoluam para ter mais energia.
Seja qual for a tecnologia, a Mitsubishi sabe que será uma versão importante para a linha, pois as principais picapes da categoria terão variantes eletrificadas no futuro. A Ford está trabalhando em uma Ranger híbrida plug-in para o ano que vem, enquanto a Toyota Hilux confirmou uma configuração híbrida-leve para a próxima geração da picape. Além disso, Nissan e Renault poderão aproveitar a mecânica eletrificada para as novas Frontier e Alaskan, reduzindo custos de desenvolvimento e produção.
Apesar de confirmada pela matriz, a L200 Triton elétrica não será tão fácil de desenvolver. Nagaoka revela que o chassi terá que ser modificado para acomodar as baterias, mas não quer precisar mexer demais na picape para conseguir compartilhar boa parte das peças. Como levará um tempo para ser lançada, a fabricante espera que a caminhonete adote uma bateria mais atual de baterias. O executivo cita o caso da Ford F-150 Lightning, que tem um conjunto de 131 kWh para conseguir uma autonomia de cerca de 500 km.
Fonte: Drive
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