Depois da Toyota, que explora a tecnologia nacionalmente desde 2019, o grupo Stellantis caminha para ser a próxima empresa do setor automotivo a produzir veículos híbridos no Brasil. O conglomerado planeja ter 20% do portfólio composto por modelos eletrificados até 2030 e apostará em três tipos de conjuntos mecânicos para alcançar a meta, cobrindo as marcas Fiat, Jeep, Citroën, Peugeot e Ram.
O primeiro powertrain, considerado o mais acessível da gama, será do tipo BSG (Belt Starter Generator), ou seja, híbrido-leve. Nestes casos, um pequeno gerador elétrico - que também serve como alternador - é capaz de carregar uma bateria auxiliar, que pode ser de 12 volts ou 48 volts. Não chega a tracionar o veículo, mas oferece força auxiliar em condições específicas, como ultrapassagens e retomadas. A economia de combustível varia de 10% a 20%.
Os outros dois conjuntos serão um híbrido convencional (HEV) e um híbrido do tipo plug-in (PHEV). Nestes casos, o motor tradicional a combustão trabalha associado com um ou mais motores elétricos, além de baterias. O segundo, em particular, pode ser recarregado na tomada para ampliar autonomia e proporcionar modo de condução puramente elétrico.
Em conversa com a revista Forbes, Marcio Tonani, vice-presidente de engenharia para América do Sul, disse que os três conjuntos – BSG, HEV e PHEV – poderão ser acoplados às principais plataformas da Stellantis no Brasil. Ou seja, a base MLA dos modelos Fiat Pulse e Fiat Fastback; CMP dos Citroën C3 e Peugeot 208; e Small Wide dos pernambucanos Fiat Toro, Jeep Renegade, Jeep Compass e Jeep Commander.
O primeiro híbrido-flex nacional da empresa será lançado em 2024, mas a identidade do modelo ainda não foi revelada. “Nossa previsão é iniciar a produção já no próximo ano. A tecnologia estará disponível para todas as marcas da Stellantis. A definição de quais marcas e modelos a utilizarão será baseada em estratégias de mercado que definiremos mais à frente”, explica Antonio Filosa, presidente da Stellantis para a América Latina.
Apesar do mistério, tudo indica que o estreante nacional da tecnologia deverá ser o Pulse, seguido do irmão Fastback. Na sequência, outros modelos do portfólio também ganharão versões eletrificadas, sempre com motorização flex associado.
O etanol, inclusive, é uma das maiores apostas da empresa. Além de ser adotado nos conjuntos híbridos como motorização flex, o combustível será usado de forma exclusiva no motor 1.3 turbo. Atualmente, o propulsor entrega 185 cv de potência e 27 kgfm de torque com o biocombustível.
Fonte: Forbes
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