Ainda não deu uma semana desde que o governo deu as primeiras informações sobre o programa de incentivos para compra de carros 0km, mas a alegria não deve ser duradoura. Em entrevista ao canal GloboNews, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, confirmou que as medidas desse programa não são uma política duradoura. Ou seja, o "carro popular" nem voltou direito, mas vai acabar cedo.
De acordo com Haddad, o conjunto de incentivos com renúncia de IPI, Pis e Cofins por parte do governo não é para ser usado no longo prazo, mas que ele pode ajudar a evitar mais fechamentos de fábricas automotivas no Brasil. O ministro afirmou na entrevista que "estou falando de um programa que vai durar de três a quatro meses, não de algo estrutural, mas que pode segurar o fechamento de plantas nessa transição".
O governo federal segue apostando que, em algum momento, o Banco Central reverta a política de manter a taxa de juros Selic elevada. Com sua queda, espera-se que o acesso a crédito em condições mais favoráveis, o que também pode impactar positivamente a venda de veículos novos. As atuais medidas de isenção fiscal, de acordo com Haddad, são um programa "tópico, de alguns meses nesse ano (2023), e tenho certeza que vamos retomar o financiamento com o ciclo de queda da taxa de juros".
Na estimativa do ministro da Fazenda, a renúncia ainda que parcial de IPI, PIS e Cofins, retomando um "carro popular", não afetará tanto assim a arrecadação. Para Haddad, o impacto, atualmente estipulado em R$ 8 milhões, "não deve chegar nem a um quarto disso".
Ainda na entrevista, Fernando Haddad também confirmou que mais novidades serão anunciadas a partir de agosto para a indústria automotiva nacional. Todas elas deverão dizer respeito a uma transição ecológica, com foco em veículos de maior eficiência energética e menores índices de emissões de poluentes.
Fonte: G1
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