Atualmente a única fábrica da Caoa em operação no Brasil, o complexo em Anápolis (GO) completa 16 anos em abril e alcançou a marca de 400 mil veículos produzidos desde 2007. A unidade fabril hoje produz cinco veículos: os Hyundai Tucson (reestilizado recentemente) e HR; e os Caoa Chery Tiggo 5x Pro, Tiggo 7 Pro e Tiggo 8 (contando as versões eletrificadas). O grupo tem mais uma fábrica em Jacareí (SP), desativada no momento.
A fábrica em Anápolis foi inaugurada em 2007, fruto de um investimento de R$ 1,2 bilhão e que iniciou a sua operação com o comercial Hyundai HR. Três anos depois, expandiu a linha com o começo da produção do Tucson em sua primeira geração, que acabou sendo montado até 2018, chegando ao ponto de conviver com as duas gerações seguintes, pois o iX35 começou a ser fabricado no Brasil em 2013 e, em 2016, o chamado New Tucson. A produção de caminhões leves continuou com a chegada dos HD78 em 2011 e HD80 em 2017.
Tudo mudou em 2017, quando a Caoa fez uma parceria com a Chery para assumir a operação da marca no Brasil, criando a Caoa Chery. A partir daí, começaram os investimentos no complexo para a produção dos SUVs da fabricante chinesa (com exceção do Tiggo 2, feito em Jacareí). O primeiro modelo foi o Tiggo 5x em 2018, seguido pelo Tiggo 7 no ano seguinte. Maior utilitário da Caoa Chery, o Tiggo 8 começou a montagem nacional somente em 2018.
Hoje, a fábrica tem sido atualizada para produzir novos modelos. Em 2020, o Grupo Caoa anunciou um investimento de R$ 1,5 bilhão até 2025, que seriam utilizados para produzir 10 novos veículos. A ideia inicial era incluir também a Exeed, divisão de luxo da Chery, antes prometida para janeiro de 2021 e que até agora não estreou. A terceira geração do Tucson voltou a ser produzida, agora com a reestilização que foi lançado no mercado global em 2019 – e o SUV já trocou de geração. Com a estratégia de eletrificação, o Tiggo 5x ganhou uma versão híbrida-leve, enquanto o Tiggo 8 tem uma opção PHEV com a motorização importada da China.
Carlos Alberto de Oliveira Andrade Filho, CEO da Caoa, reitera a importancia do complexo por ser parte do sonho ousado de seu pai e diz que “compete a nós dar continuidade nesse projeto que é desenvolver e produzir em nossa planta um novo carro 100% brasileiro.” Quando a marca Caoa Chery foi criada, alguns executivos já falavam sobre, em um momento no futuro, criar um veículo completamente novo, desenvolvido no país, o que ainda não aconteceu.
Anápolis não é a única fábrica do Grupo Caoa. O complexo em Jacareí (SP), construído pela Chery quando ainda operava de forma independente, está fechado desde 2022, quando a empresa tomou a decisão brusca de interrompere completamente a fabricação. Isto acabou matando o Tiggo 3X, modelo que havia sido lançado há apenas um ano. A fabricante promete que é uma pausa até 2025, enquanto o complexo no interior paulista será readequado para produzir carros elétricos e híbridos.
RECOMENDADO PARA VOCÊ
Novo sedã de luxo da Chery tem suspensão adaptativa e supera 5 metros
Nissan pede que revendedores tenham paciência e compreensão diante da crise
Picape anti-Hilux da Chery aparece na China
Veja quais foram os 50 carros mais vendidos do Brasil em novembro
CAOA Chery chega a 150 mil Tiggo feitos no Brasil; veja qual vendeu mais
Alfa Romeo vai mal nos EUA e lojas vendem menos de 7 carros por mês
CAOA Chery sobe preço do Tiggo 7 Sport, que chega aos R$ 144.990