Enquanto muitas montadoras apelam para programas de computador e combinações alfanuméricas, outras preferem seguir a tradição e batizar seus veículos com nomes próprios e carregados de significados. É o caso da Jeep, que conta com batismos icônicos em seu portfólio e explica em detalhes o processo envolvido na escolha de cada um.
Segundo a empresa, o processo é complexo e na maioria das vezes exige uma série de pesquisas, análises e muita criatividade. Em particular, a Jeep tem a tradição de adotar nomenclaturas de forte apelo histórico e com referências que traduzem o legado e a trajetória da marca. Abaixo, listamos os principais nomes.
Usado para batizar o SUV que revolucionou a história da Jeep no Brasil, o nome Renegade não é novidade na história da marca. O termo já havia sido usado bem antes do lançamento do crossover, sendo empregado pela primeira vez na década de 1970 para nomear uma versão com estilo mais esportivo do CJ-5 e posteriormente no início dos anos 1990 em uma variante específica da primeira geração do Wrangler.
Mais recentemente, também foi usado para nomear um conceito apresentado em 2008 no Salão de Detroit. O nome pode ser traduzido ao pé da letra como renegado ou rejeitado, mas a proposta da Jeep é relacionar o carro à palavra rebelde, ou seja, aquele que foge do lugar comum e rompe padrões.
Adotado pelo SUV desde 2006, o termo Compass em inglês significa bússola, instrumento utilizado para navegação e orientação. Segundo a Jeep, o conceito por trás do nome é passar a ideia de que o proprietário pode ir facilmente aos lugares que deseja. Além disso, desperta características fundamentais da categoria como valentia, estilo de vida e habilidades off-road.
Ao pé da letra, Commander é traduzido do inglês como “comandante” e passa a ideia de liderança, autoridade, hegemonia e direção. Antes de ser usado no modelo nacional, o batismo foi adotado em SUV de grande porte importado da Áustria e apresentado no Salão do Automóvel de 2006. Contava com 5,12 metros de comprimento, três tetos solares e motor V8 de 326 cv. Trazia mimos inéditos, como ajuste elétrico de distância dos pedais. Assim como o atual, o antigo Commander também oferecia capacidade para sete passageiros.
Sucessor do clássico CJ, o Wrangler foi incorporado à linha da Jeep depois de 1987, quando a marca foi comprada pela Chrysler. No inglês, o batismo significa cowboy e, segundo a marca, passa a ideia de trabalho duro independentemente da situação. A empresa diz que o conceito combina perfeitamente com a proposta do carro, que é feito para encarar terrenos difíceis e equipado com uma série de recursos para uso off-road.
Usado pela Jeep em uma série de picapes fabricadas entre as décadas de 1960 e 1980, o nome Gladiator (gladiador, em inglês) voltou à tona para batizar a caminhonete derivada do Wrangler. O batismo foi escolhido não só pela fama conquistada na América do Norte ao longo de anos de mercado, mas também pela força evocada pelo significado, que tanto pode estar relacionado a um tipo de espada utilizada pelos romanos quanto ao lutador que duelava com animais ferozes em grandes arenas na antiguidade.
A designação foi usada pela última vez em 2005, justamente em um conceito de picape derivada do Wrangler que serviu de inspiração para o modelo lançado comercialmente em 2018.
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