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Stellantis quer união para discutir retorno dos carros populares no Brasil

Presidente do grupo, Antonio Filosa, fala de projeto conjunto de médio a longo prazo para o setor

stellantis lead

Em entrevista concedida recentemente ao portal AutoData, o presidente do grupo Stellantis, Antonio Filosa, falou sobre o momento vivido pelo mercado brasileiro e, em especial, sobre a realidade dos preços praticados atualmente. O chefão das marcas Fiat, Jeep, Peugeot, Citroën, Ram e Abarth reconheceu o tíquete médio elevado dos veículos e a disparidade em relação às condições econômicas da maioria dos consumidores.

Nesse sentido, disse concordar que incrementar os volumes seria interessante tanto para as montadoras e quanto para os fornecedores. Além disso, defendeu a união do setor em torno de um projeto de médio a longo prazo envolvendo Anfavea, governo, Sindipeças e Fenabrave. Foi o que chamou de “sistema de soluções articuladas”.

“A demanda por mobilidade no Brasil não mudará, por questões demográficas. Hoje ela é distribuída em transporte público, carros novos e usados, motos e serviços de mobilidade, como Uber", disse.

"Se conseguirmos emplacar um projeto de carro popular ou de baixo custo haveria uma migração das motocicletas ou dos veículos usados, o que beneficiaria a indústria e os consumidores. Mas é um projeto estratégico para a indústria e deve ter a participação igual de cada um dos interlocutores", completou.

Nesse projeto, Filosa acredita que Anfavea teria participação fundamental na questão da eficiência, enquanto o governo entraria com redução da carga fiscal e solução de acesso ao crédito. Por sua vez, Sindipeças e Fenabrave teriam papel no desenvolvimento de empregos, da indústria e de competências locais.

“Para fazer isto é preciso surpreender o mercado com novas tecnologias e novas soluções, por exemplo, de descarbonização, trabalhar com os concessionários e fornecedores”, afirmou.

Fábrica Goiana - Stellantis

O executivo falou ainda sobre a recente paralisação de fábricas no Brasil e disse não enxergar crise de demanda nem recessão no mercado. Segundo afirmou, a parada nas fábricas da empresa é decorrente de problemas com componentes eletroeletrônicos. “Os dados de mercado de março deverão apontar uma retomada".

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