O início de 2023 segue com resultados bem tímidos para a indústria automotiva. Na apresentação dos resultados do 1º bimestre do ano, a Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea) aponta que houve um crescimento na produção de carros, comerciais leves, ônibus e caminhões de 0,8% em comparação aos dois primeiros meses de 2022, enquanto os emplacamentos cresceram 5,4% no mesmo período.
É um resultado bem pequeno afetado por diversos fatores. Além da escassez de componentes e das taxas de juros continuarem a atrapalhar o crédito dos clientes, a Anfavea comenta sobre o feriado de carnaval ter interrompido a produção – que, em 2022, caiu em março. Fevereiro recuou 2,9% na produção e 9% no emplacamento antes o mesmo periodo de 2022. Assim, o mês registrou 161,2 mil unidades produzidas e 129,9 mil emplacamentos.
“Apesar de estar alinhado com as nossas projeções de volumes para 2023, o desempenho do primeiro bimestre, limitado pelas condições de crédito e oferta de suprimentos, reforça a necessidade de promover o reaquecimento do mercado e as cadeias locais de produção”, explica Márcio de Lima Leite, Presidente da Anfavea.
As exportações cresceram 3,8% por conta de outros mercados na América Latina como Colômbia e Chile, mas seguem sendo afetadas pela situação econômica da Argentina. Em comparação com fevereiro de 2022, o resultado foi 17,2% menor, com 34,3 mil unidades enviadas para fora do país. O cenário não é tão ruim por mostrar uma queda bem menor em comparação com o 1º bimestre de 2022, de apenas 2,6%.
Em meio às polêmicas envolvendo o possível fim da isenção do imposto de importação para os veículos elétricos, as vendas de carros eletrificados no país segue em ascenção. A Anfavea diz que os emplacamentos cresceram 23,7% em comparação com fevereiro de 2022 chegou a 8,8 mil unidades licenciadas. O resultado é 4,4% menor de janeiro para fevereiro, por conta da quantidade menor de dias úteis, tanto por ser um mês mais curto quanto por causa do feriado de carnaval. Ainda assim, a Anfavea projeta que as vendas crescerão 40% em 2023, chegando a 70,5 milhões de unidades.
“Este segmento é muito importante para a Anfavea, por isso todos os nossos esforços estão voltados para a atração de novos investimentos na produção local de veículosmeletrificados, que vão desde a transformação local das nossas matérias primas em componentes, o desenvolvimento de fornecedores ligados a essa nova tecnologia, até o uso de novas fontes de energias limpas e de infraestrutura de transmissão e distribuição”, conclui Leite.
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