Existem três tipos de lançamentos. Há os novos modelos, inéditos no mercado, que são grandes apostas das montadoras muitas vezes em novos segmentos. Há também as novas gerações, quando um modelo recebe uma mudança tão grande que inclui estrutura, dimensões, motores e um total re-design tanto de interior quanto exterior. Essas são as formas mais caras para quem produz.
E existem as reestilizações. Leves ou profundas, mudam o visual de um carro para ele voltar (ou ganhar) força no mercado, o efeito novidade. E em 2022 tivemos diversas reestilizações, de uma simples troca de parachoque, até algo mais profundo, com novos motores, interior revisado e atualização de motores. Listamos quais aconteceram no ano que está acabando.
O ano começou com uma mudança que era esperada há alguns meses. O Toyota Yaris, assim como o Yaris Sedã, receberam novos parachoques, novos faróis fullLEDs nas versões mais caras, novo design de rodas e mais itens de segurança, como alerta de colisão e alerta de saída de faixa. Não foi uma mudança profunda, mas renovou o visual de uma linha que estava há bons anos sem novidades. Também deixou de oferecer o motor 1.3 aspirado na versão de entrada e recebeu os modos de condução Eco e Sport
Mudança mais profunda recebeu o Renault Kwid. Um dos carros mais baratos do país, adotou um design na dianteira mais parecido com os SUVs, com luzes diurnas divididos dos faróis, além de novas rodas (e calotas) e lanternas com assinatura em LEDs, dependendo da versão. O motor 1.0 recebeu novo sensor de fase e mais potência e torque e, por dentro, novo painel em LEDs e sistema multimídia com tela de 8". Em segurança, os controles de tração e estabilidade se tornaram itens de série.
Tudo bem, foi só um tapa no bigode, mas o BMW X1 entra na lista. O SUV produzido no Brasil recebeu pequenas mudanças nos parachoques e novas rodas, além de novos equipamentos e cores, dependendo da versão. Isso foi para dar um fôlego antes da nova geração, que chega em 2023.
Mais do que o visual, o Jeep Renegade finalmente trocou o 1.8 aspirado por um motor turbo. Chegou o 1.3 turbo de até 185 cv, com a má notícia que ele também aposentou o 2.0 turbodiesel no compacto. Por fora e por dentro, foram pontos que mudaram, como faróis, painel de instrumentos e volante, algo bem menor do que fizeram com o médio Compass em 2021, por exemplo.
Estamos ainda em fevereiro e a Caoa Chery apresenta a reestilização do Tiggo 5x. Como sempre, chamado de PRO recebeu uma mudança em parachoques e faróis, além de um interior completamente revisto e mais moderno. Meses depois, a marca apresenta sua versão com motorização híbrido-leve.
O SUV da traseira polêmica não é mais tão polêmico. O Mitsubishi Eclipse Cross se atualizou e, de fato, ficou mais bonito. Na traseira, algo mais tradicional, enquanto a dianteira segue a nova linguagem de design da marca. Manteve o 1.5 turbo e a opção de tração integral automática no catálogo, uma das poucas do segmento.
Já fazia um tempo que a Nissan prometia novidades para a Frontier. Uma reestilização mais profunda que trouxe um visual mais moderno, com direito a faróisl fullLEDs nas versões mais caras e itens de segurança ativa. Manteve o motor de 190 cv e a boa suspensão traseira multilink, uma das qualidades da picape, além da chegada da versão PRO-4X, topo com proposta mais esportiva.
A Oroch, que não é mais Duster Oroch, mudou neste ano. Novo visual, interior revisto e até motor 1.3 turbo renovaram a picape que desde 2015 não tinha nenhuma novidade. A própria Renault diz que não é uma nova geração, mesmo com diversas mudanças, algo que deverá acontecer nos próximos anos.
Um dos sedãs médios mais divertidos do mercado brasileiro, o VW Jetta GLI recebeu um novo visual, mais tecnologias de condução e motor 2.0 turbo mais potente. Trocou o câmbio de dupla embreagem por um de 7 marchas e segue como uma boa opção aos que ainda não querem um SUV. Ainda bem.
O novo Chevrolet Equinox não foi uma surpresa. Afinal, já estava com novidades no exterior há meses e até divulgado pela marca como uma dos lançamentos de 2021. Atrasou, mas trouxe nova dianteira, algumas mudanças no interior e a versão RS, com visual mais esportivo para ser a entrada.
É, mudou pouco, mas o Peugeot 2008 entra na lista. Pequenas mudanças na grade dianteira, uma nova versão Style e uma faixa preta na tampa do porta-malas interligando as lanternas. Foi uma forma de fazer o SUV compacto mais interessante, já que tem um preço competitivo, enquanto não vem uma nova geração em 2023 ou 2024, produzida na Argentina.
Uma das reestilizações mais profundas do ano, o Hyundai HB20 mudou totalmente de identidade. Na dianteira, faróis menores e mais finos, um parachoque mais destacado e, na traseira, as lanternas finas interligadas. É um dos que mais chamaram a atenção no ano, mesmo sem uma troca de geração. Mais equipamentos de segurança e conforto entram na lista. O sedã chega no mês seguinte.
Mais um caso de poucas mudanças, mas mudou. O Fiat Argo trouxe um novo parachoque dianteiro e nova bolsa central para o volante, além da novas rodas de calotas e os adesivos da versão Trekking. Era esperado o câmbio CVT, mas isso ficou reservado, por enquanto, apenas ao sedã Cronos, que nem visual mudou. Vai entender...
Após muitos (muitos mesmo) atrasos, o Chevrolet Bolt reestilizado chegou ao Brasil. O 100% elétrico recebeu baterias maiores, maior autonomia e mudanças no design, principalmente na dianteira, onde ficou mais futurista e menos conservador. Atualizou o interior, com novo sistema multimídia, e outros detalhes. Mas deve ser substituído em 2023 pelo seu SUV, o Bolt EUV.
Uma reestilização esperada e polêmica. A Volkswagen mudou o visual do Polo, mas também o deixou mais barato com algumas simplificações para aumentar seu volume de vendas. Motor 1.0 com menos potência, alguns equipamentos que se foram e outros esperados que não vieram, como assistentes de condução. Ainda é um bom carro, mas os SUVs compactos da marca parecem ser mais importantes na fila do pão.
Demorou poucos meses até a BMW apresentar a reestilização do Série 3 em nosso mercado. Não a toa, já que é o premium mais vendido do país e o modelo mais importante da empresa alemã. Por fora, novos faróis e parachoques, enquanto o interior recebeu uma nova tela, inspirada no elétrico iX.
O SUV 100% elétrico mudou seu visual, além de ter uma nova versão com um motor. O Volvo XC40 adotou o visual já apresentado no cupê, C40, com faróis mais finos e mudanças no parachoque. Por dentro, algumas novas texturas que remetem a Suécia e a mesma tecnologia de sempre. Segue bem resolvido.
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