A Fiat está em seu melhor momento no mercado brasileiro, porém sabe muito bem que não pode reduzir o ritmo para não perder a liderança. Mesmo que os dois últimos dois anos tenham sido bem movimentados para a fabricante italiana, 2023 não será muito diferente. Veremos a chegada de dois novos modelos, além de versões para complementar o portfólio de seus carros mais vendidos, como Strada e Argo.
Algumas dessas novidades são esperadas há um bom tempo, como o Fiat Argo com câmbio automático do tipo CVT, voltando a oferecer uma opção em sem embreagem desde o fim do motor 1.8 com a caixa de 6 marchas. O motor 1.0 turbo começará a ser adotado por mais veículos além de Pulse e Fastback e o primeiro deles será a Strada, aprovietando o sucesso da picape compacta. Mas também veremos algumas coisas inéditas, com a entrada da empresa no segmento de picapes médias com a Landtrek. Confira todos os lançamentos que a Fiat prepara para 2023:
A chegada do Fiat Argo com câmbio CVT não é uma surpresa porque a própria fabricante falou a respeito desta configuração em outros momentos e até mesmo Antonio Filosa, CEO da Stellantis na América Latina, disse que esta versão seria lançada. O que foi surpreendente é que o Cronos recebeu a transmissão automática e o hatchback ficou de fora. A justificativa era que o cliente que busca o Argo automático tinha uma alternativa na forma do Pulse, enquanto o Cronos estava sozinho, além de que os compradores de sedãs rejeitarem mais os modelos manuais. Assim, o hatch ficou para um segundo momento.
Com a produção estabilizando, o Argo finalmente resolverá a falta de uma opção automática e poderá competir melhor no segmento. Será bom para a Fiat pois o hatch já figura entre os carros mais vendidos do Brasil mesmo que seja só manual. Adicionar o motor 1.3 de 107 cv combinado ao câmbio CVT impedirá que os clientes que queriam o Argo migrem para outras marcas por não ter uma versão automática.
O Pulse Abarth foi só o começo para a submarca esportiva no Brasil. A Stellantis tem grandes planos para a Abarth, buscando criar uma identidade forte no país, ainda que utilize um espaço dentro das concessionárias ao invés de ter lojas próprias. A empresa disse que o Pulse será o modelo mais barato, sem descer para um Argo Abarth, por exemplo – mas não o menor, pois trará o 500e Abarth no ano que vem.
O próximo passo dentro da linha nacional será o Fastback Abarth. O SUV-cupê inclusive foi visto em testes recentemente, com as duas saídas de escape na traseira denunciando que não é uma configuração normal. Mesmo que use o mesmo motor 1.3 turbo de 185 cv que a versão Limited Edition by Abarth, será diferente em outros aspectos, recebendo um novo ajuste para direção, suspensão e freios, para que tenha uma tocada mais esportiva.
Já que falamos de Abarth, o terceiro modelo da submarca esportiva no Brasil será o 500e Abarth, revelado em novembro e que está confirmado para o país. É o primeiro elétrico preparado pela empresa e que revive a empresa do escorpião na Europa. Adotou um visual diferenciado com a adição de elementos como novas passagens de ar no para-choque e outros elementos aerodinâmicos como o difusor de ar na traseira.
Para que tivesse a pegada mais esportiva, o pessoal da Abarth elevou a potência do motor elétrico para 155 cv, enquanto o torque é de 23,9 kgfm, contra os 118 cv e 22,4 kgfm do 500e normal. Isto faz com que acelere de 0 a 100 km/h em 7 segundos. Para ajudar na sensação, o subcompacto ganhou um sistema que emite sons a partir de 20 km/h, que pode até ser de um motor a combustão. Como comçará a ser entregue na Europa no início de 2023, o lançamento no Brasil deve acontecer somente no 2º semestre do ano que vem.
Depois de algum tempo sem ter um motor turbo, a Fiat finalmente resolveu este problema quando lançou os 1.0 e 1.3 turbinado. Apesar de estarem mais presentes na linha da Jeep, este propulsores não aparecem tanto na Fiat, usados somente por Pulse, Fastback e Toro. Sempre existiu a expectativa de que o 1.0 T200 aparecesse sob o capô de Argo e Cronos, para quem possam enfrentar melhor os seus rivais no segmento, em sua maioria todos com um motor deste tipo.
Mas não será o caso. De acordo com a revista Quatro Rodas, a Fiat quer lançar a Strada com motor turbo até 2024, tornando-se a opção topo de linha da picape. Seria uma boa forte de segurar os clientes que poderiam comprar a nova Chevrolet Montana, que é um pouco maior, mas seria mais cara e menos equipada do que a Strada com este motor. A Strada mais cara neste momento é a Ranch 1.3 automática por R$ 128.990, enquanto a Montana está custando R$ 134.490 na versão LTZ (com a promessa de mais versões estrearem em 2023).
O sucesso da Fiat com a Strada e a Toro é inegável, mas há um problema para a fabricante pois existe um buraco enorme na linha para quem quer uma caminhonete maior. Depois da Toro, a opção mais próxima dentro da Stellantis é a Ram 1500, muito maior e mais cara. A Ram até trabalha em uma nova picape média, por enquanto conhecida como 1200, e que será produzida em Goiana (PE).
A empresa encontrou uma solução mais simples: a Peugeot Landtrek. A picape média da marca francesa estava com lançamento marcado para 2022 e acabou adiada. E a razão é que ela será lançada pela Fiat, para aproveitar melhor a rede de concessionários maior e a tradição no segmento com as duas outras picapes. O lançamento foi confirmado para o 2º semestre de 2023 e espera-se que tenha um motor 2.0 turbodiesel de 210 cv.
Este não é nenhum segredo. A própria Fiat confirmou que a nova Ducato desembarcará no país em 2023, exibindo a primeira imagem em dezembro. É uma reestilização do modelo atual, adotando o visual usado na Europa, para ficar mais alinhada com as Citroën Jumper e Peugeot Boxer, suas companheiras de plataforma.
Por enquanto, a Fiat não divulga qualquer detalhe sobre a Ducato. Vimos a versão Maxi Cargo rodando em testes pelo Brasil, o que está alinhado ao fato da Ducato atual ser vendida nesta configuração de carga. Porém, ainda não sabemos se as versões chassi-cabine e de passageiros também estarão pelo país. A marca promete que terá mais performance e o que faz mais sentido é que adote o mesmo motor 2.2 turbodiesel de 140 cv usados pelo Boxer e Jumper, facilitando a homologação.
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