Aproximadamente um ano depois de sofrer importante baixa industrial e comercial com o fechamento da Troller, o estado do Ceará continua decidido a buscar investimentos para o setor automobilístico local. Conforme revela reportagem recente do jornal Diário do Nordeste, o governo estadual mantém conversas com pelo menos duas montadoras e negocia com dirigentes possíveis aportes para os próximos anos.
A primeira é a chinesa BYD, que tem aplicado importantes aportes no Brasil e apostado forte no mercado de carros eletrificados. Segundo o secretário do Desenvolvimento Econômico do Ceará, Maia Júnior, o governo já entregou para executivos da montadora projeto para investimentos no estado e aguarda o desenrolar das negociações. Por enquanto, a BYD afirmou que primeiro planeja inaugurar rede de distribuição e formar mercado no país.
Galeria: Troller TX4
A segunda montadora com tratativas em andamento é a japonesa Toyota. Neste caso, as negociações giram em torno de investimentos em um centro de distribuição de peças. O governo também aguarda o andamento dos próximos passos e, concretizado o projeto, vislumbra também a possiblidade de investimentos maiores no futuro, incluindo no segmento de veículos elétricos.
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O Ceará tem concentrado apostas em montadoras que exploram tecnologias eletrificadas de propulsão e usa a infraestrutura que desenvolve como chamariz para investimentos. O estado tem se destacado no setor de hidrogênio verde, obtido a partir de fontes renováveis como energia solar e sem emissão de carbono. O objetivo é fazer do Ceará importante HUB de produção e exportação de hidrogênio verde.
Fim da Troller
A Troller foi fundada em 1995 e era uma das poucas fabricantes de veículos genuinamente brasileiras. Em 2007 foi adquirida pela Ford, que foi responsável pelo lançamento da segunda geração do principal veículo da marca: o jipe T4. O modelo desfruta até hoje de elogiada reputação no segmento off-road e deixou legião de fãs após ser descontinuado em 2021. Na fábrica onde era produzido, em Horizonte (CE), pelo menos 400 empregos foram perdidos.
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Fonte: Diário do Nordeste